Caso
rhuan maicon

Rhuan Maicon, foi decapitado vivo, levou 12 facadas e teve pele do rosto arrancada

13/06/2019 - 08h59Por: Bell Kojima

Rosana Auri da Silva Cândido e Kacyla Priscila Santiago Damasceno, acusadas

A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu a investigação do assassinado de Rhuan Maicon da Silva Castro, 9 anos, que foi morto e esquartejado pela própria mãe, Rosana Auri da Silva Cândido, 27 anos, com o auxílio da companheira dela, Kacyla Priscila Santiago Damasceno, no dia 31 de maio. O laudo aponta que o menino foi decapitado ainda com sinais vitais e levou 12 facadas da própria mãe, sendo uma no peito, enquanto dormia, e as demais na posição de joelhos, ao lado da cama.

As duas mulheres, que estão presas desde o dia 1º de junho, serão indiciadas por:

  • homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e sem a possibilidade de defesa da vítima;

  • lesão corporal gravíssima;

  • tortura;

  • ocultação de cadáver;

  • fraude processual, pois tentaram limpar a cena do crime, lavando os cômodos da casa.

Somando todos os crimes, ambas podem ser condenadas a uma pena de 57 anos de prisão.

Rhuan Maicon da Silva Castro, vítima

A investigação aponta ainda que enquanto a mãe esquartejava a criança, Kacyla, preparava uma churrasqueira onde partes do corpo do menino seriam queimadas. Os exames cadavéricos apontam ainda que a mãe arrancou a pele do rosto do menino e tentou retirar com uma faca os glóbulos oculares de Rhuan.

Segundo o delegado, Guilherme Melo, da 26ª DP, a autoras relataram em depoimento de que pretendiam queimar as partes do corpo do menino para que a pele se desprendesse dos ossos.

“A companheira preparava a churrasqueira para queimar as partes do corpo do garoto, logo depois de segurar a criança para a mãe esfaqueá-la. Um martelo foi comprado para triturar os ossos da vítima”, relatou o delegado.

Como não conseguiram queimar o corpo da criança, a dupla decidiu distribuir as partes do corpo em mochilas. Uma delas foi encontrada em um bueiro nas redondezas da residência onde o crime foi cometido.

“Os crimes teriam sido motivados por um fanatismo religioso e ainda um profundo ódio pela criança, pois representava o passado afetivo da mãe e era considerada um ‘peso’ na vida homoafetiva das envolvidas”, relatou o chefe da Seção de Investigação de Crimes Violentos da 26ª DP, Carlos André.

Natural do Acre, Rosana, fugiu com o filho há cinco anos, após se separar do então marido e perder a guarda da criança na Justiça. Desde então, a família paterna de Rhuan, buscava por notícias da criança. Rosana e a companheira criavam ainda uma menina que também tinha 9 anos, filha de Kacyla, que foi encaminhada para o Conselho Tutelar após a prisão das duas.

Segundo a Polícia Civil, os outros crimes cometidos pelas envolvidas em outros estados também estão sendo apurados.

Edição: Bell Kojima


Deixe seu comentário