Polícia
Rodrigo assassino de Moabh e Vivian, não comparece à audiência e tem nova prisão decretada
A primeira audiência do caso Moabh e Vivian foi realizada pela comarca teixeirense na manhã desta quinta-feira, 19 de julho e presidida pelo Juiz Argenildo Fernandes que decretou a prisão preventiva de Rodrigo da Silva Matos, 21 anos. O acusado de ter atropelado e matado o casal de recém-casados não compareceu à audiência de instrução e é considerado foragido da justiça.
O acidente que matou o casal de professores casados há apenas 9 meses, Moabh Cristal Félix, 29 anos, e Vivian Silva Alves, 23 anos, aconteceu por volta das 17 horas do dia 19 de junho de 2011. Eles trafegavam em uma motocicleta e estavam a caminho de casa na BA 290, saída de Teixeira de Freitas para a cidade de Medeiros Neto, quando foram surpreendidos por um veículo modelo Strada dirigido por Rodrigo da Silva Matos, que vinha no sentido oposto.
Segundo testemunhas, o carro guiado por Rodrigo estava em alta velocidade e perdeu o controle ao passar por um quebra-molas. O veículo invadiu a contramão, colidiu com a motocicleta e se chocou contra uma árvore já do outro lado da pista.
A motocicleta teria batido de frente com o veículo e foi arremessada a aproximadamente 20 metros de distância do ponto de batida. O casal morreu no local do acidente e Rodrigo acabou fugindo, o que casou ainda mais revolta na família que afirmou na manhã desta quinta-feira, que Vivian ainda respirava depois do acidente e que a prestação de socorro poderia ter salvado sua vida. Testemunhas afirmaram que o acusado apresentava sinais de embriaguez, mas nada ficou comprovado. Alguns dias após o acidente, Rodrigo se apresentou à Polícia, foi ouvido e liberado.
Na verdade a prisão preventiva de Rodrigo havia sido decretada pelo juiz Argenildo Fernandes mesmo antes da primeira audiência, segundo informou advogado de defesa, Gean Prates. A prisão já tinha sido pedida há algum tempo pelo delegado Charlton Bortolini que presidiu o inquérito sobre o acidente e acabou indiciando Rodrigo por homicídio doloso, – quando o motorista assume o risco de matar.
No entanto, Gean Prates disse em entrevista, nesta quinta-feira, que a decretação anterior foi feita de forma ilegal. Segundo o advogado a prisão deveria ser requerida pelo Ministério Público, órgão que ofereceu a denúncia e titular da ação, não pelo delegado. Ainda segundo Gean Prates, o delegado de polícia foi infeliz quando requereu a prisão sob argumento para necessidade da adequação, a circunstância do fato e condição do apresentado, “A condição do representado, o Rodrigo, é de etnia cigana, o delegado cometeu um crime de racismo.”, disse Prates alegando que seu cliente tinha todas as adequações para responder pela acusação em liberdade.
Gean tentou explicar que a lei não dá ao juiz a possibilidade de decretar a prisão de ofício, o que seria ilegal. “Concertaram hoje porque o cliente acuado de toda discriminação, não quis vir. Se ele comparecesse seria preso na audiência de forma ilegal, então correríamos atrás de uma solução”, disse.
Como não compareceu a sessão, a prisão agora foi decretada porque Rodrigo foi legalmente intimado e não compareceu a audiência.
Em contra ponto, o advogado de defesa de Rodrigo, que também advoga pela mesma função no caso de Gilberto Arueira, empresário de Medeiros Neto, morto por engano por policiais militares, lotados na Cipe Mata Atlântica, antiga Caema, no dia 24 de setembro de 2010, questionou, porque a lei foi aplicada somente a Rodrigo, quando também deveria ser válida aos policiais. “há uma certa incoerência quando se trata destes assuntos, porque todos são iguais perante a lei. A lei deveria ser aplicada também, para aos policiais da Caema que assassinaram Gilberto Arueira. Em nenhum momento a Polícia cogitou a possibilidade de requerer a prisão preventiva deste policiais que montaram a cena de crime e tentaram imputar a Gilberto uma conduta criminosa que não existiu”, argumentou.
Em sua defesa apresentada a justiça, Gean Prates, também contestou o laudo pericial do acidente, que caracterizou a batida como frontal. Segundo o advogado, o laudo não corresponde com a realidade dos fatos. Ele afirma que houve uma colisão lateral da moto com o carro de Rodrigo e o juiz Argenildo acabou por deferir os pedidos de nova pericia e reconstituição do acidente.
“Isso não quer dizer que meu cliente não tenha culpa, mas ele não agiu dolosamente. Nunca a defesa tentou dizer que as vitimas deram causa a esse fato, infelizmente eles foram vítimas, entendemos a dor dos familiares, agora, processos estão acima das emoções humanas, nós temos que ter sobriedade e equilíbrio na busca da verdade. O Rodrigo errou e vai ter que pagar dentro dos limites estabelecidos por lei”, comentou Gean Prates que também adiantou a nossa reportagem que vai tentar revogar a ordem de prisão preventiva.
Joelita Costa Cristal, a mãe de Moabh, juntamente com outros familiares das vítimas que esperaram o resultado da audiência do lado de fora da sala, comentou em entrevista a imprensa local a dor da perda do filho e da nora, “eles estão fazendo muita falta. Minha vida acabou depois do acidente, não tenho mais estrutura para nada, nós queremos justiça”, comentou Joelita.
Quando concluiu o inquérito em 5 de agosto do ano passado, o delegado Charlton, foi enfático ao dizer que o ocorrido não pode ser considerado um acidente de trânsito comum.
No entendimento da família, Rodrigo cometeu um assassinato e o sentimento é de muita revolta, “Não foi um acidente, ele estava em alta velocidade, espero que ele pague pelo crime que cometeu”, disse Joelita que também manifestou vontade na mudança da lei com penas mais severas para autores de acidentes semelhantes ao que tirou as vidas de Moabh e Vivian.
Fonte sulbahianews
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