Caso
“maicon”

Vídeo: Família de jovem assassinado por bala perdida dentro de igreja em Teixeira pede Justiça e menos violência

26/10/2021 - 11h33Por: Liberdade news

Teixeira de Freitas: A equipe de reportagem foi solicitada no último sábado, 23 de outubro, pela familia de Maicon Laureano da Silva, de 19 anos, assassinado no interior de uma igreja, no Bairro Castelinho, no dia 22 de setembro, por volta das 21h30, em um momento de oração na igreja.

A sua mãe Leliane da Cruz Laureano falou com nossa reportagem que seu coração está destruído. “Maicon era um menino incrível, servo do Senhor, temente e obediente a Deus. Todos que o conhecia e convivia com ele sabe do que estou dizendo, porque era um filho exemplar. Não é porque Deus colheu e o levou, de uma forma bruta, pela ignorância humana, que ele deixou de ser aquele menino excelente, alegre, amável, honesto e trabalhador”, desabafou.

“Quando ele chegava do serviço, ele me abraçava, dizia que me amava. Ele costumava me chamar de ‘minha coroa’. Minha manhã está sendo difícil, porque ele levantava com a gente para trabalhar. E todos os dias ante de sair, ele dizia, ‘minha mãe eu te amo, tenha um bom trabalho e que Deus te proteja’. Todos os dias que ele não vinha em casa para almoçar, ele me ligava, e me perguntava: ‘mãe, a senhora já almoçou? a senhora está bem?’. Ele era assim, amável com todos, brincalhão, sorridente”.

“Todos os conselhos que eu dava ele ouvia. Sempre era obediente. Uma certa vez ele me falou, ‘mãe vou fazer uma tatuagem com o seu nome’. Eu disse pra não fazer porque o negro já não tem muito valor para a sociedade, e quando se faz uma tatuagem, para eles piora ainda, para eles são bandidos, e ele me obedeceu. No momento do ocorrido, eu estava na Igreja e presenciei tudo, eu vi tudo. Não sei quem fez isso. Foi uma fatalidade o ocorrido. Vieram de fora, a cena foi terrível. Não consigo dormir. Espero que a justiça seja feita, porque a justiça de Deus não vai falhar”, concluiu.

A irmã do Maicom, Mônica Laureano da Silva, de 20 anos, falou que seu irmão era uma pessoa muito amável. “Chato e ciumento, no bom sentido. Parecia que o mais velho era ele. Apesar de que, eu o criei, pelo fato de meu pai e minha mãe trabalhar, mas, ele era um amor de pessoa. Ele estava ansioso pelo sobrinho e vivia falando que era mais filho dele de que de Guilherme, porque era o seu primeiro sobrinho, era o xodó dele. Ele falava muitas coisas boas para o sobrinho, que vai nascer. Está sendo difícil esquecê-lo”, desabafou  irmã.

“Todos os lugares reflete meu irmão. Se vou fazer um café, a lembrança vem, porque em casa ele gostava de fazer café. Está sendo muito difícil, eu vi toda a cena naquela noite. Não tive nenhuma reação, não consegui chegar perto dele, não consegui nem ir no lugar, porque conviver com uma pessoa 19 anos de sua vida, e perder, é muito difícil. É muito difícil conviver com isso. Só  espero que a Justiça seja feita”. Já o Guilherme (cunhado), disse que estava na Igreja orando quando o fato aconteceu. “Eu não vi, corri para ajudar as pessoas feridas, e as que estavam em desespero. Uma criança quase foi atingida, e eu peguei ela no colo para ajudar a mãe. Foram momentos de desespero. As pessoa que ainda estavam na Igreja, eram pais que tinham crianças, até mesmo de colo. Foi momento de terror dentro da igreja”, explicou.

“Durante esses dois anos que estou casado com a irmã dele, ele morou um tempo comigo. Nunca tive nenhum problema, ele era uma pessoa do bem, e eu dizia sempre para ele, você é meu irmão. Eu espero que a justiça seja feita, porque a de Deus, não tenho dúvida, essa será feita. As pessoas acham que quando morrem alguém é porque é bandido. Mas inocentes também morrem por conta da violência. Bandidos na rua matando uns aos outros, uma hora sobra pra um inocente, e sobrou para o Maicon”, finalizou.

Entenda melhor o caso:


Deixe seu comentário