Ariston Pinheiro admite ter esmurrado, mas nega que tenha arrombado porta da Secretaria de Administração
O vereador Ariston Pinheiro (PP), desde que tomou posse em janeiro de 2013, não vem fazendo um bom mandato e nos últimos dias, acabou virando o protagonista da política de Teixeira de Freitas, tais como se envolvendo em acusações sem provas, comprando brigas com colegas e com a imprensa e querendo a todo custo derrubar o secretário de meio ambiente Arnaldo Ribeiro Junior, o “Arnaldinho”.
Quando vereador na legislatura 2005/2008, ele passou os quatro anos fazendo oposição ao, então, prefeito Apparecido Staut, usando de todos os artifícios para fazer denúncias sem fundamento contra sua administração. Resultado: Apparecido se reelegeu e Ariston tomou o chamado coice de urna, e “o coice de urna é um troço que dói demais”, já dizia o ex-vereador Gel Lopes.
Em 2012, quando conseguiu voltar, já no apagar das luzes da eleição, sendo o ultimo vereador eleito e o que recebeu menor votação dentre todos os vereadores, Ariston mudou de tática. Desta vez, ele não quer fazer oposição, na verdade, que ser situação de qualquer maneira. Porém, ele vem enfrentando resistência na própria base aliada do governo, que não o quer, de maneira alguma, na base de sustentação a João Bosco.
Informado de como Ariston se portava quando deu sustentação a Wagner Mendonça no período 2001/2004, o próprio prefeito João Bosco tem procurado meios de não tê-lo em sua base aliada.
Por sua vez, Ariston, já consciente de sua rejeição junto ao governo, escolheu o secretário de meio ambiente Arnaldo Ribeiro, o “Arnaldinho”, como seu alvo a ser alcançado. A estratégia do vereador é tirar o secretário de linha, em seguida nomear o substituto que, a princípio, seria o Sargento Flávio.
No entanto, o nome de Flávio não teria agradado o deputado Valmir Assunção, que seria o responsável pela nomeação de Arnaldinho. Ele, então, o substituiu pelo ex-prefeito de Alcobaça Jackson Lacerda Santos, o “Jakão”, que é filiado ao PT e aliado de Valmir.
Na noite desta terça-feira, 25 de fevereiro, na sessão ordinária da Câmara de Vereadores, Ariston comentou o episódio em que ele teria se envolvido, na quinta-feira, 20 de fevereiro, na secretaria de administração, no qual o vereador teria sido apontado como suspeito de arrombar a porta de acesso ao gabinete de Marcílio Goulart.
Segundo Ariston, ele teria ido à secretaria para tratar da remoção de uma funcionária pública. Quando lá chegou foi informado pela secretária de Marcílio, que o mesmo estava atendendo de porta fechada e que para abrir a porta do gabinete, ele teria que bater forte e dizer o seu nome.
Ele assim o fez. Começou a bater forte e gritar seu nome por cerca de cinco vezes seguidas na referida porta, como se tivesse dando socos. Após esse período, Marcílio, então, abriu a porta. Ariston teria chamado atenção do mesmo e ameaçado fazer uma representação contra ele, se assim continuasse a atender de porta fechada.
Dessa forma, percebe-se que o vereador não arrombou, ele apenas esmurrou por várias vezes seguidas a porta da secretaria de administração. Mas, de acordo com a sua própria confissão, qual a diferença entre arrombar e esmurrar por cinco vezes seguidas uma porta?
O edil ainda acusa o secretário “Arnaldinho” de ter se enriquecido de forma ilícita frente à secretaria de meio ambiente, pelo fato de o mesmo está construindo cerca de sete casas pelo programa “Minha Casa, Minha Vida”.
Como perguntar não ofende. Se o secretário está se enriquecendo desonestamente por construir casas, como o vereador justifica o aumento do seu patrimônio desde que assumiu a vereança em janeiro de 2013?
Minha indagação é a seguinte:
Quem colocou uma matéria contra o senhor e depois teria ido pedir dinheiro pra retirar?
Por acaso, o senhor sabia que esta pessoa pode ser acusada de extorsão?
Por Jotta Mendes/Repórter Coragem