Caso Gel Lopes. “KADÊ AS FITAS CORONEL?”, Questiona Uldurico Pinto
Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Direitos Humanos, Uldurico Pinto, o desvendamento do crime de Gel Lopes está nas fitas que foram gravadas pelas câmaras de monitoramento instaladas recentemente na Praça da Bíblia pela prefeitura de Teixeira de Freitas e todas estavam funcionado no dia do crime, segundo o Secretário de Segurança do Município.
Estranhamente as fitas só foram entregues ao Delegado, que está apurando o caso, oito dias depois do assassinato do Jornalista, assim mesmo depois da entrevista do deputado Uldurico cobrando as fitas do Secretário de Segurança Municipal.
O Secretário de Segurança numa entrevista controvertida, e titubeante à Rede Sul Bahia, tentou explicar o inexplicável, querendo justificar porque as fitas não foram entregues logo após o assassinato, para assim facilitar apuração do crime. Enquanto ele deixou a cidade ensanguentada e atemorizada, foi acompanhado do prefeito e de membros do governo, passar o carnaval na praia de Guaratiba e sequer entrou em contato com o Delegado.
A pergunta que não quer calar, é saber a quem interessa abafar, ou dificultar a apuração do crime? Segundo o deputado Uldurico Pinto, ele levanta suspeição, sem contudo acusar, a máfia das licitações e a máfia do lixo, porque o Jornalista fez um dossiê sobre as irregularidades nas licitações. Antes de morrer o jornalista revelou para várias pessoas que tinha esse dossiê e teria ido duas vezes a Salvador e Camaçari.
Um fato é certo, se a suspeita do deputado tiver fundamento, e como o prefeito tem ligação com essas empresas, através do PT, é claro que o prefeito não vai ter interesse em esclarecer o crime. Essa pode ter sido a causa da demora na entrega das fitas, assim mesmo o Secretário afirmou que só uma fita tinha a imagem do jornalista, enquanto estava na praça.
A maior contradição do Secretário foi dizer que as outras fitas não tinham a imagem do jornalista, por isso não eram interessantes. Ora essas outras fitas eram justamente as que poderiam mostrar os bandidos em algum lugar da Praça, ou circulando pela mesma monitorando a saída de Gel Lopes, para segui-lo até uma rua mais tranquila para executar o crime.
O fato é que o assassinato de Gel Lopes, que já teve repercussão internacional, vai ser cobrado a elucidação pelas entidades do mundo todo, doa em quem doer. Com isso, a situação poderá se complicar para o Governo de João Bosco, que a partir de agora deverá ser o maior interessado em elucidar o crime, sob pena de amargar o preço da suspeição. O que se espera é que não encontre um bode expiatório, para jogar a culpa em cima dele. A sociedade exige uma investigação séria e transparente.
Por Dilva Coelho/Foco no Poder