Política

Clécio tenta rebater denúncias da APLB e se complica ainda mais

21/03/2012 - 15h53

O gerente de Convênios da prefeitura de Prado, Clécio Ribeiro Santana, o popular “Clécio do Cimento”, se vê de novo em apuros acusado de desviar dinheiro alheio em benefício próprio.

Desta vez, porém, Clécio rebate as acusações de que teria ficado sem prestar contas do período em que coordenou a APLB-Sindicato, nos anos de 2007, 2008 e 2009, de Prado. Segundo Clécio, a prestação de contas foi sim realizada. O ex-coordenador exibe como “prova” um ofício com data de “dois anos” após a sua saída do sindicato.

O documento datado de 21 de outubro de 2011, direcionado ao atual diretor José Nilton, tem como tema a “apresentação das contas do período 2007, 2008 e parte de 2009”.

Providenciado o tal ofício, Clécio Santana, no entanto, se esqueceu de entregar as notas fiscais que confirmariam os gastos. “Foram apresentadas algumas prestações e não todas. Nós queremos todas! Vários meses não batem com o que ele gastou e com o que ele apresentou de nota fiscal”, afirmou Francisca Brasília, coordenadora regional da APLB-Sindicato.

A sindicalista acrescentou: “Ele [Clécio] passou por cima da delegacia e convocou a diretora regional pedindo para que se desse ‘um jeitinho’ por que existem no sindicato em Salvador pessoas filiadas ao PCdoB. Ele é do PCdoB e pediu para que se desse ‘um jeitinho de aprovar as contas dele’”.

O ex-coordenador, ao tentar se esquivar das acusações, expôs desta vez a delegada de Polícia Civil de Prado, a bacharel em direito Rosângela Santos. Clécio exibiu para a imprensa uma certidão, em que a delegada afirma que não há registro de queixa, inquéritos policiais ou TCO contra a sua pessoa. Dessa maneira, ele deu a entender que tem forte influência na delegacia de Prado, a ponto de impedir o registro de uma queixa.

Segundo informa a matéria, a delegada não teria aceitado a queixa da coordenação regional, pois “os denunciantes não traziam consigo documentos comprobatórios de que Francisca Brasília Marques fosse a legítima representante pela Delegacia Sindical do Extremo Sul da Bahia. Orientei que eles retornassem noutro dia, com estes documentos”, afirmou a delegada.

Dois especialistas em direito, ouvidos pela reportagem do Teixeira Notícias, afirmam que a delega tinha sim que ter aceitado a queixa e que apurasse qualquer ato ilícito que fosse denunciado. E uma vez que a denunciante encontrou “dificuldades” na delegacia de Prado para registrar a queixa, que os mesmos fossem ao Ministério Público e que denunciassem o fato.

Por telefone, a delegada Rosângela Santos informou que realmente não aceitou a queixa por Francisca Brasília não provar o cargo que ocupa na APLB. “A APLB é pessoa jurídica, o procedimento é diferente”, afirmou à delegada.

Por Márcio Hack


Deixe seu comentário