A polêmica da pesquisa
FOCO NO PODER
Por Dilvan Coelho
João Bosco x Uldurico
A aliança feita entre o prefeito João Bosco e Uldurico Pinto para ganhar a eleição de 2012 tem data e hora marcada para acabar. Sinais exteriores de rompimento surgem a cada instante. Mesmo não sendo do interesse de ambos, isso irá acontecer por força das circunstâncias. Uldurico terá candidatos a presidente, governador, deputados federal e estadual diferentes dos de João Bosco. Além disso, o ex-deputado já perdeu a Secretaria de Saúde e a qualquer momento poderá perder a de Infraestrutura. O único compromisso que ainda continuará existindo entre os dois é o contrato com as rádios. Até quando?!
Candidaturas e apoios
Os três nomes mais fortes para candidato a deputado em Teixeira estão, tecnicamente, empatados: Marta Helena, Timóteo Brito e Lucas Bocão. Ganhará a eleição quem conseguir o maior número de apoios fora de Teixeira. Marta Helena, além do apoio de Padre Apparecido, conta com o de Juthay Magalhães, que estará articulando a aliança com o PSDB na região; Timóteo Brito espera contar com o apoio de Robério e Cláudia Oliveira e também de outras lideranças com a ajuda de Otto Alencar; Lucas Bocão, além de fazer uma oposição ostensiva ao governo do Estado, conta com o apoio de Uldurico e de outras lideranças regionais.
A polêmica da pesquisa
A pesquisa feita pelo Instituto Conexão e divulgada pelo “Foco no Poder” gerou polêmica entre os partidários de João Bosco, de Timóteo Brito e os de Lucas Bocão, isso porque os três se sentiram prejudicados. A única que ficou feliz foi Marta Helena, que não esperava aparecer em primeiro lugar. Em vez de questionarem a pesquisa, seria melhor buscarem saber o porquê isto está ocorrendo. A nosso ver, com o desgaste do prefeito João Bosco, a única que está se beneficiando é Marta Helena. Porém, esse quadro poderá mudar na medida em que as candidaturas forem sendo posicionadas. Até mesmo João Bosco poderá virar o jogo. Será que vai conseguir?
Acertos e Erros
A vitória costuma desprezar explicações. Geralmente, quem vence acha que venceu devido a seus acertos. Entretanto, a primeira pergunta que deve ser respondida é: quanto da vitória deve ser atribuído a seus acertos e quanto aos erros dos adversários? Isso porque se perde por erro próprio, e a invencibilidade reside na defesa, se a defesa não falhar o time adversário não faz gol. Portanto, quem vencer foi porque errou menos que os adversários. Por isso, após o resultado de uma eleição, a primeira tarefa, tanto para quem ganha, como para quem perde, é saber as razões do resultado.
Caminhos e princípios
Todo aquele que assumir uma função pública deve procurar ter consciência de qual o caminho que vai seguir obedecendo aos princípios básicos que norteiam a administração, atendendo ao sentimento dominante da população e evitando cometer equívocos. Há três erros que, pela frequência com que ocorrem e os efeitos desastrosos que causam, podem ser considerados como universais e um homem público deve evitar cometer: 1 – promessa não cumprida; 2 – declaração comprometedora; 3 – acusação grave não respondida.
Perda da credibilidade
A maior moeda de um político é a credibilidade. Quando se perde é de difícil recuperação. Cada vez mais o eleitor está exigindo transparência e ética nas gestões públicas. Está criando uma consciência coletiva de que o dinheiro público deve ser respeitado e não se pode fazer uso indevido para proveito próprio. Com a Lei da Responsabilidade Fiscal o cerco está apertando, as verbas são carimbadas e quando o dinheiro sai da conta o sistema acusa automaticamente. Mesmo assim, existem os espertos que driblam a lei através de esquemas montados, como é o caso das licitações milionárias direcionadas para empresas de apaniguados.
Aviso aos navegantes:
“Na política ninguém deve ficar tão dentro que não possa sair e nem tão fora que não possa entrar”. O aliado de hoje, poderá ser o adversário da amanhã e vice versa. Tudo depende das circunstancias e do momento.