E agora, João?
FOCO NO PODER
Por Dilvan Coelho
A vitória é de todos
Já disseram que a vitória é de todos e a derrota é órfã. Um líder autêntico distribui o mérito da vitória com todos e absorve para si o ônus da derrota. O líder vencedor estabelece primeiro as condições de vitória, para só depois tomar a iniciativa. Se ganha a guerra evitando cometer erros e aproveitando os erros dos inimigos. Aquele que não sabe por que ganha, na derrota também não sabe por que perde. Toda vez que se gera uma grande esperança, corre o risco de causar uma grande frustação. É assim que caminha o jogo do poder, um dos jogos mais fascinantes que existem e quem desobedecer a seus princípios estará fadado ao fracasso.
E agora, João?
O prefeito João Bosco, depois da lua de mel com a maior vitória da história de Teixeira de Freitas, vem amargando altos índices de reprovação do seu governo com apenas sete meses de mandato. Provavelmente, a principal razão é o modelo de gestão implantado pelo PT em Teixeira e em outras cidades da Bahia, que não tem dado certo. Um exemplo foi Ilhéus no mandato passado. Inclusive, membros da administração daquela cidade foram importados para Teixeira e hoje chegam a ocupar duas Secretarias – a de Finanças e a de Educação. Outro membro do PT local, o presidente do partido em Teixeira, ocupa duas secretarias.
Alcobaça vai mal
Pesquisas recentes dão conta que Bernardo Olívio, em Alcobaça, está com a gestão mal avaliada, como está ocorrendo em outras cidades da região. Entre as razões está a falta de comando do gestor e interferência da família na administração; o prefeito tem pouco poder de mando. Segundo um vereador de Alcobaça que apoiou o prefeito, a situação lá é pior do que a de Teixeira. Certamente, o desgaste do prefeito vai beneficiar a oposição que hoje está representada pelo ex-prefeito Léo Brito e o seu candidato a vice na eleição passada. O atual vice-prefeito está se mantendo distante do governo, para evitar o desgaste.
Candidatos em Teixeira
Pesquisas executadas em Teixeira, por dois institutos diferentes, mostram que os três candidatos mais fortes no município para deputado estadual, até o momento, é Martha Helena, Temóteo Brito e Lucas Bocão, com empate técnico entre os três. Outros nomes ainda poderão crescer quando as candidaturas forem postas, como Wilsinho Brito e o candidato do prefeito – devido ao apoio da máquina que não pode ser subestimada, mesmo porque, o prefeito poderá ainda recuperar o prestígio junto à população quando as obras acontecerem e a gestão começar a andar, pois até agora está emperrada.
A Bahia está quebrada
Segundo noticiou a imprensa, o governador decretou cortes de despesas na gestão, com demissão de 10% dos cargos comissionados e contingenciamentos nas secretarias estaduais que podem totalizar uma economia de R$ 350 milhões. O governador reuniu o Conselho Político do governo para apaziguar os ânimos e reiterar a necessidade de redução dos gastos. Segundo o articulador político do governo, César Lisboa, não há temor de um possível impacto na área política por conta dessas determinações. Será que não? No caso do Extremo Sul da Bahia, o governo vai ter dificuldade de pedir votos para seu candidato a governador.
E o 7 de setembro?
A data magna da independência do Brasil vem cercada de expectativa, e deve marcar a reabertura da temporada de protestos no país. As manifestações que estão sendo convocadas pelas redes sociais projetam que mais de 4 milhões de brasileiros poderão ir às ruas. Os grupos mais radicais já falam até em promover quebra-quebra. Aqui em Teixeira de Freitas a prefeitura está em dúvida se vai ou não realizar o desfile. Nos últimos anos de mandato, o padre Aparecido foi vaiado pela população. João Bosco corre o risco de ser vaiado já no primeiro ano de mandato.
Aviso aos navegantes:
“Não esqueça jamais do amigo que deixou o poder, até porque o fraco de hoje pode ser o forte de amanhã. Ninguém é tão forte que não possa perder, nem tão fraco que não possa vencer”.