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Disputas internas do PMDB ameaçam reforma ministerial

27/09/2015 - 15h56
Michel Temer e Dilma

A estratégia da presidente Dilma Rousseff (PT) de entregar seis ministérios ao PMDB para acalmar a base aliada pode sair pela culatra e ameaçar a execução do plano de corte da gestora. De acordo com a Folha de S. Paulo, o acordo da petista gerou uma disputa interna entre os próprios peemedebistas, o que ameaça o principal objetivo do Palácio do Planalto: conseguir a coesão do Congresso Nacional a seu favor.

O impasse dos aliados já obrigou Dilma adiar o anúncio dos cortes na Esplanada – previsto para a última semana, antes da viagem para a Conferencia da ONU, em Nova York. Agora, acredita-se que mesmo que tente agradar a todos, a presidente ainda vai ter que lidar com os insatisfeitos. Uma prova seria a sessão conjunta do Congresso na última semana, em que um terço do PMDB votou contra a orientação do governo federal na decisão sobre o veto à alternativa ao fator previdenciário.

A pressão do principal partido da base na Câmara já teria obrigado Dilma a alterar pelo menos três vezes a configuração dos cargos oferecidos aos deputados federais, e mesmo assim ainda há descontentes. Agora, para evitar uma rebelião, a petista estaria avaliando uma nova proposta: deslocar Eliseu Padilha da Aviação para o comando da Infraero, passar o comando da pasta para o atual ministro da Pesca, Helder Barbalho, e disponibilizar o ministério dos Portos para a bancada peemedebista.

Outra alternativa seria deslocar o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, para a Embratur e dar a pasta para os deputados. Mas a proposta teria deixado outros insatisfeitos. O vice-presidente Michel Temer teria sido informado que, caso um deles fique sem pasta, os três abrirão mão de continuar no primeiro escalão do governo.

Fonte Bahianoticias


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