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Em vídeo-taxista denuncia a vereadores de terem comprado alvará de mototáxi por R$ 13.750 nas mãos de Calheiros

27/04/2015 - 20h48
Taxistas denuncia Calheiros

Há algum tempo que circula, nos bastidores dos táxis e mototáxi de Teixeira de Freitas, a informação de que alvarás vêm sendo negociados a preço de ouro por preposto da secretaria de segurança pública com cidadania da cidade. As denúncias são de que o coronel Bartolomeu Correia Calheiros, chefe da pasta, estaria negociando a venda de alvarás junto a pessoas que desejam conseguir alvará de táxi ou mototáxi.

Sindicancia moto-taxi

Uma sindicância para apurar suposta liberação irregular de alvarás chegou a ser instalada pela procuradoria geral do munícipio, conforme publicação no Diário Oficial do munícipio em 17 de novembro, de 2014.  Na época, o procurador geral do munícipio, Ali Abutrabe, determinou a abertura de sindicância e nomeou os procuradores Carim Aramuni Gonçalves, Ilza Souza Pereira e Leônidas do Amaral Alves para constituírem a comissão, sob a presidência de Carim Aramuni, para que num prazo de 30 dias fossem apuradas as irregularidades.

Confira o trecho de uma matéria publicada na época pelo Repórter Coragem. A mesma foi publicada na tarde de segunda-feira (17/11), no Diário Oficial. Através de uma designação feita pelo procurador geral do município de Teixeira de Freitas, Ali Abutrabe Neto, um pedido de sindicância para apurar possíveis irregularidades, referentes à liberação de alvarás de transportes de passageiros concedidos para novos mototáxistas de Teixeira de Freitas.

O pedido, que tem como autores os vereadores Manoel Pedro da Silva Net, (Pedrão), Agnaldo da Saúde e Ariston Pinheiro, visa investigar possíveis fraudes na concessão de licenças, em face do secretário municipal de Segurança com Cidadania, coronel Bartolomeu Calheiros.

O tempo passou e não se sabe que fim levou a tal sindicância. Os vereadores que protocolaram a pedido de Manoel Pedro, o “Pedrão”, Agnaldo da Saúde e Ariston Pinheiro, não se manifestaram mais sobre a denúncia. Isso, de certa forma, fez com que o assunto fosse praticamente encerrado, sem a devida apuração, ou divulgação do resultado da investigação.

Nossa reportagem teve acesso, via terceiros, de um vídeo feito dentro do gabinete do vereador Ariston Pinheiro. O qual pode ter sido gravado pelo edil, que teria aproveitado a denúncia feita por um taxista, embora não conseguimos identificar, mas que no vídeo aparece acompanhado dos taxistas Coco do Táxi e Antônio Figueiredo. O taxista em questão que aparece de camisa gola polo, listada nas cores azul, branca e lilás, dar detalhes de como teria adquirido um alvará de mototáxi para seu filho, identificado pelo nome de André Carlos.

Segundo o taxista, seu filho teria pagado R$ 13.750 pelo alvará, dando R$ 6.000 de entrada. Este teria sido pago a uma mototáxi feminina, a pedido do coronel Calheiros. O restante de R$ 7.750, ficou para ser entregue no ato da entrega do alvará. Entrega esta que teria sido feita há um rapaz moreno e forte, supostamente seria filho do coronel. A negociação foi feita em frente ao colégio Clélia das Graças Figueiredo, que fica no bairro Santa Rita, em um predinho.

Segundo o denunciante, no ato da entrega o suposto filho do coronel, teria oferecido ao seu filho André Carlos, um alvará de táxi, pelo preço de R$ 19.000.  Perguntando – lhe se ele sabia quem queria comprar e se soubesse lhe avisasse por telefone. O ponto de táxi seria no shopping Pátio Mix.

Ao tomar conhecimento da denuncia, o vereador Ariston Pinheiro, fala de forma nítida e muito clara, que tomará providencias. Ele disse que acha normal quem tem alvará há algum tempo negociar, caso queira, seu alvará. Mas não acha justo o servidor público fazer isso. Haja vista que o alvará é uma concessão do munícipio e o cidadão precisa pagar o que for justo; como taxas e demais documentações, mas não em mãos de terceiros.

Segundo o denunciante seu filho teria comprado um alvará, pois o mesmo vinha atuando como mototáxi num ponto alugado no shopping lagoa, pagando cerca de R$ 700 por mês, e queria o alvará para não precisar mais pagar para trabalhar.

O alvará de mototáxi que André Carlos teria comprado foi para atuar na região do shopping Pátio Mix.

Os taxistas que aparecem no vídeo se comprometem a caso seja chamado na justiça confirmar o que estão dizendo.

Deixamos, desde já, o espaço reservado aos envolvidos na denúncia, que caso queira fazer uso do direito de resposta, o espaço ficará concedido sem a necessidade de que isso seja feito via justiça.

Por Jotta Mendes/Repórter Coragem


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