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Ex-contadora de doleiro cita nome de Mário Negromonte em “esquema” de corrupção

12/08/2014 - 10h08
Mario Negromonte

Mais uma notícia desastrosa para prefeituras que decidiram “apadrinhar” politicamente, o ex-deputado e ex-ministro das cidades, Mário Negromonte, PP, atualmente exercendo o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios.

No extremo sul baiano, Mário Negromonte recebeu apoio irrestrito da cidade do Prado, antes, durante e depois da campanha da atual prefeita Mayra Brito.Wilsinho Brito e Mario Negromonte

Com o apoio do ex-ministro, e do secretário estadual de Desenvolvimento e Integração Regional (SEDIR), Wilson Brito, que é pai da atual prefeita Mayra Brito, foi possível chegar ao executivo municipal. A notícia sobre o envolvimento do conselheiro com doleiros pode enfraquecer o apoio político em ano de eleição.

A ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza, lançou à fogueira mais um baiano, além do deputado federal Luiz Argolo (SD). Trata-se do ex-ministro das Cidades e ex-deputado pelo PP, Mário Negromonte. Ele é atualmente conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios.

Segundo depoimento de Meire à Polícia Federal, um irmão de Negromonte trabalhava para o esquema “transportando as malas, levando e buscando dinheiro nas construtoras”. O próprio doleiro, segundo ela, se encarregava da distribuição de recursos aos beneficiários, que receberiam pagamentos em dinheiro vivo ou por meio de depósitos bancários feitos por ela.

A ex-contadora afirmou que o doleiro preso pela Operação Lava Jato era um financista clandestino, movimentava “malas de dinheiro” e beneficiou políticos e pelo menos três partidos – PT, PMDB e PP –, segundo reportagem da revista “Veja” desta semana.Mario Negromonte e Luiz Argolo

De acordo com o relato de Meire à revista, as malas de dinheiro saíram da sede de pelo menos três “grandes empreiteiras”, sendo embarcadas em aviões e entregues para políticos. Dois dos integrantes da relação de políticos ligados a Youssef, citada pela “Veja”, já respondem a processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados: André Vargas (ex-PT) e Luiz Argôlo (ex-PP).

Meire afirma ainda que o doleiro teria depositado R$ 50 mil na conta do senador Fernando Collor (PTB-AL) a pedido de Pedro Paulo Leoni Ramos, um ex-assessor do ex-presidente. Ela afirma também que o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) contou com a ajuda de Youssef para quitar dívidas de campanha.

As investigações indicam que o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro do doleiro teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões.

Fonte Bahia Noticia.Net


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