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Governar é eleger prioridades, ser cidadão também

17/09/2013 - 11h25
João Cidadão

A primeira missão de um candidato logo após o pleito é saber as razões do resultado das eleições, tanto para quem perde, como para quem ganha – principalmente. Quem vence é porque errou menos do que os adversários. A primeira pergunta que deve ser respondida é: quanto da vitória deve ser atribuído aos acertos, e quanto aos erros dos adversários?

É por demais sabido que a vitória costuma desprezar explicações. Quem vence e se elege não precisa investigar as razões do sucesso. Elas parecem ser óbvias e autoexplicáveis. Isso não é verdade.

A grande maioria dos vitoriosos só enxerga seus acertos como razão principal da vitória, mas, na maioria das vezes, os erros dos adversários foram a principal razão da vitória. Se a defesa adversária não falhar não existe gol. Por isso, a invencibilidade reside na defesa e a vulnerabilidade se revela no ataque.

Saber as razões da vitória é importante, principalmente, para dar o peso adequado a cada participante do governo. Dar a César o que é de César. É válido a máxima: quem participa da campanha participa do governo.

No caso específico de Teixeira de Freitas, o prefeito atribuiu sua vitória ao arco de alianças que fez e, por isso, loteou o governo de tal forma que ficou apenas com a caneta sem tinta para governar. Por conta disso, os cargos foram ocupados obedecendo apenas o critério político, sem observar a capacitação das pessoas para ocupá-los. Se ganha uma eleição com todos, mas, se governa com os bons.

Passados os sete primeiros meses, o gestor começou a atuar no sentido de reestruturar o governo. Interferiu diretamente na Secretaria de Saúde e promoveu a troca de secretário, colocando um técnico de carreira. Recentemente, também foi buscar um profissional de experiência comprovada para o setor financeiro. Na Secretaria de Educação, com a saída da professora Cristina, colocou um profissional cuja atuação está sendo questionada pela classe de professores. Nas demais secretarias ainda precisam serem feitos alguns ajustes para que a máquina entre nos eixos.

O maior desgaste do prefeito até agora, de acordo com as pesquisas, tem sido no setor de saúde e nas licitações milionárias, com indícios de irregularidades, conforme denunciou o Ministério Público no caso do aluguel de veículos, cujo valor do contrato assinado foi de R$ 15 milhões ao ano. No entanto, o pedido de liminar do MP foi indeferido pelo Judiciário, mas, a população não está engolindo a decisão. Porém, decisão judicial não se discute, cumpre-se. Mesmo assim, a ação prossegue.

Com relação às prioridades, todos sabemos que o maior problema de Teixeira reside está no social, ou seja, faz-se necessário cuidar do povo nas suas necessidades mais prementes, como saúde, segurança e geração de empregos, para que o cidadão possa ter uma melhor qualidade de vida, mais humana e mais digna. No que até agora tem deixado a desejar.

Por Dilvan Coelho, Foco no Poder/Facebook


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