Política

Poder não me fascina, dinheiro não me corrompe, ameaças não me intimidam

26/05/2013 - 15h32
Pensando com Coragem

Quero começar minha coluna desta semana agradecendo as pessoas que têm se preocupado com o estado de saúde do meu pai, que está internado desde o dia 25 de março, quando foi atropelado. O acidente em si não foi o maior problema, mas, ele agravou outros que meu pai possui, a idade avançada também contribuiu para que siga internado.

As últimas notícias não são boas, mas, a vida não pode parar e, mesmo com o coração aflito, sigo tentando tocar em frente e fazer com que este momento seja superado da melhor forma possível.

Mas, vamos ao assunto da coluna. Desde que optei por seguir caminho oposto ao da atual administração, muitas têm sido as investidas contra mim. Uns acreditam que vão me calar com tentativas de intimidação, fazem sátiras, montagens; tentam de toda forma me desestabilizar. Como se uma montagem ou determinada gozação fosse o suficiente para me fazer calar diante do maior esquema de corrupção já montado dentro da Prefeitura de Teixeira de Freitas.

Eu tentei evitar uma polarização no início da administração. Primeiro, porque entendo que o município vinha sendo dilapidado pela gestão passada, de forma que qualquer um dos quatro candidatos que vencesse teria dificuldade de administrar, precisaria de tempo para colocar as coisas no lugar.

Tentei ajudar a administração desde o dia que foi anunciada a vitória do atual prefeito, mesmo tendo sido contra ele durante a campanha. Muitos, inclusive, esperavam um clima animoso entre este aprendiz de colunista e o prefeito da cidade, no entanto, houve respeito de ambas as partes, porque entendo que mesmo eu não acreditando em qualquer governo liderado pelo PT, quem precisa crescer é a cidade onde escolhi viver. Portanto, focado neste sentimento de que o mais importante era Teixeira, orientei os colaboradores do Repórter Coragem para que ajudassem o máximo que pudessem, de forma que participamos dos primeiros passos da administração, divulgamos todas as matérias que poderiam beneficiar a administração – o que pode ser comprovado numa busca simples no histórico do site.

No entanto, em determinado momento, comecei a perceber que apesar de achar que o governo petista de Teixeira de Freitas era bem intencionado, as boas intenções estavam servindo apenas para enganar o povo. Decretos de emergência sem justificativa, contratos milionários para ajudar empresa de Teixeira que investiu na campanha, feito em nome de uma empresa de São Paulo. Inaugurando colégio como se fosse do município, que, na verdade, não era.

Essas e outras coisinhas fizeram eu me afastar da administração. Se for para ajudar, ajudo. Agora, se vier com enganações, tô fora! Jamais vou permitir que o meu município seja prejudicado. Nunca vou ficar sabendo de algo errado e vou fingir não ver.

Respeito os votos que elegeram o atual prefeito, respeito alguns nomes de sua equipe, mas, existe uns nomes que só estão lá para dilapidar o dinheiro público, que já se acostumaram a viver à custa do dinheiro público, que viram presidente de partido, fazem de tudo para não ficar fora do poder.

São do tipo: não quero saber de quem é o osso, eu quero é roer.

O comportamento de alguns secretários e a forma como o prefeito os nomeou deixam claro que a decência vai passar longe dessa administração.

Um governo onde um carimbador de exames, sem nenhuma competência, ou, especialização, vira secretário, indicado por um deputado que nem se quer aqui vem. O pior, ao invés de ir para a rua trabalhar, fica o tempo todo conectado no Facebook.

Sinceramente, não dá para acreditar.

O prefeito está engessado. Ele não manda em nada.

Se é finanças, quem manda é Josias Gomes, aquele do mensalão.

Se é meio ambiente, quem manda é Valmir Assunção, aquele que só vem aqui para encontros particulares, que nunca moveu uma palha pela cidade.

Se é agricultura, quem manda é “Henrique Gromogol”.

Cada secretaria tem um que manda. O prefeito, ultimamente, só manda nos discursos que ele faz – e são muitos. Isso se Marcílio não estiver por perto; se estiver, o manda parar.

Ao começar a questionar determinadas coisas, começaram as tentavas de intimidação. Fazem montagem, mandam recado, tentam me intimidar de todas as formas.

Mas, vou dar um recado curto e grosso: se poder me fascinasse, eu já teria virado petista igual um monte de vira-lata que tem aí, que é só o político chegar no poder, logo muda para o lado dele.

Se dinheiro me corrompesse, das duas uma: ou eu seria muito rico, ou estaria hoje igual José Dirceu: condenado pelo mensalão.

Se as tentativas de intimidação surtissem efeito, eu não teria enfrentado doutor Barrão de frente e lhe desafiado. Barrão pode até viver por aí comendo as migalhas petistas, porém, ouviu umas verdades que eu falei.

Ah! as montagens não me atingem. Eu ficaria preocupado se alguém divulgasse que eu seduzi uma menor via Facebook. Que seria mentira; em meu caso, claro.

Que lhe ofereci vantagens dizendo que ela seria primeira-dama. Se me acusassem de crime de pedofilia.

Se dissesse que tenho filhos e não assumo.

Portanto, essas tentativas baratas de intimidação não me fazem medo. Sou um cidadão, pago meus impostos, tenho minhas dívidas, como todo bom cidadão brasileiro tem. Entretanto, tento honrar estes e outros deveres.

É difícil arcar com tantas dívidas com o pouco dinheiro que ganho. Ao menos, é digno.

Às vezes, acumula conta de energia. Outras, é de água; tem vez que é a do telefone. Mas, no final das contas, todas são pagas.

Isso com dinheiro limpo.

Ah! você quer saber sobre as pensões dos meus filhos?

Não vou dizer se está em dia, ou, se está atrasada. Se quiser saber, vá às varas cíveis e veja se existe algum processo por falta de pagamento. Se houver, use contra mim; se não, toma vergonha na cara e pare de perseguir gente honesta.

Sabe o que precisa fazer?

Brincar de “cuida”.

Cuida da sua vida, que da minha cuido eu.

Passar bem! Até a próxima semana.

Jotta Mendes é radialista e repórter


Deixe seu comentário