Nove baianos estão na comissão especial do impeachment na Câmara; conheça
Se dependesse dos nove deputados federais da Bahia que farão parte da comissão especial do impeachment na Câmara, a presidente Dilma Rousseff (PT) teria dificuldades para escapar da degola. Quatro deles – Benito Gama (PTB), Elmar Nascimento (DEM), Lúcio Vieira Lima (PMDB) e Jutahy Júnior (PSDB) – são votos certos contra ela.
Embora integrem partidos da base governista, Roberto Britto (PP), José Rocha (PR) e Paulo Magalhães (PSD), costumam navegar para onde o vento sopra, como sugere a trajetória política do trio. Para completar, os caciques dessas três siglas discutem a probabilidade de romper com o Planalto.
Bebeto Galvão, apesar da aliança do PSB com os petistas no estado, é visto como incógnita, mas pode seguir a orientação do comando partidário, que já declarou oposição ao governo. Sem nenhum baiano do PT ou do PCdoB no colegiado, o voto de honra para Dilma ficará a cargo de Bacelar (PTN).
Desde que, é claro, o parlamentar não retorne ao grupo de origem, onde era, até 2013 um dos mais ativos oposicionistas da Assembleia Legislativa.
Dendê no tacho
Entre os cinco parlamentares baianos eleitos suplentes da comissão, as perspectivas também não são as melhores para a presidente. Erivelton Santana (PEN), Irmão Lázaro (PSC) e João Carlos Bacelar (PR) são contrários ao governo. Fernando Torres (PSD) pertence à base, mas está longe de ser um aliado puro-sangue.
Por outro lado, Valmir Assunção (PT), líder do MST no estado, é fiel soldado do Planalto. Apesar de ser a quarta maior da Câmara, com 39 integrantes, a bancada da Bahia conseguiu ficar em segundo lugar no número de componentes titulares na comissão do impeachment. Perdeu apenas para São Paulo, com 12, e ficou acima de Minas (6) e Rio de Janeiro (7). (Satélite/Correio)