O 13 serviu de derrota para João Bosco e vitória para Apparecido na votação das contas de 2011
Coincidência demais, ou, ironia do destino, mas, o número que sempre foi defendido pelo prefeito João Bosco Bittencourt, o 13 do PT, lhe serviu de derrota na noite de terça-feira, 20 de maio, durante a votação das contas de Apparecido Rodrigues Staut (PSDB) referentes ao ano de 2011.
Durante a campanha, Apparecido teria feito um acordo de ajudar João Bosco na reta final, em troca de proteção nos processos que respondia na Justiça, além de garantias de que João trabalharia pela aprovação de suas contas.
João Bosco mostrou ser perverso e ingrato, quando pouco depois de assumir o governo acusou Apparecido de ter desviado cerca de 15 milhões, sendo que cerca de 9 teria sido só da Secretaria de Saúde. Quando Apparecido veio a público e mostrou a verdade, João recuou e admitiu que o dinheiro sempre existia.
Na noite de terça-feira, 20 de maio, João Bosco voltou a agir de forma covarde e traiçoeira com aqueles que lhe ajudaram no período eleitoral. Ele teria orientado sua bancada na Câmara de Vereadores a votar pela rejeição das contas de Apparecido e ainda teria trocado telefonemas com vereadores que não são de sua base aliada, onde pedia para votarem pela reprovação das contas do ex-prefeito.
O que João não contava era que Apparecido, numa clara demonstração de coragem e humildade, mesmo estando debilitado, pois se encontra muito doente, foi à Câmara e falou por alguns minutos, onde passou muita firmeza. O discurso de Apparecido foi capaz de fazer ficar do seu lado até quem estava contra. Ele pode até não ter dito a verdade, mas, foi convincente, sendo aplaudido por todos os presentes.
Os edis aproveitaram o discurso de Apparecido, observaram o reação do público presente e mandaram, assim como na derrubada do veto do eucalipto, um recado pra João Bosco: tente mandar na prefeitura, porque aqui mandamos nós.
Resultado final: 13 votos favoráveis a Apparecido, 6 votos favoráveis a João Bosco, desta forma, as contas do padre, que precisava exatamente de 13 votos, foram aprovadas, derrubando de uma só vez o parecer pela rejeição do Tribunal de Contas do Municípios (TCM), e a tentativa de João Bosco de dizer que tinha a Câmara sobre controle.
Essa é a segunda derrota que João Bosco sofre quando precisa demonstrar força no Legislativo. A primeira foi na derrubada do veto do eucalipto, onde ele perdeu de 11 a 7, agora 13 a 6, justamente o 13 que João Bosco sempre defendeu agora é sinônimo de derrota pra ele. Se cantar a bola 13, vaia, se precisar de 13 pra derrotar João Bosco é vitória garantida.
Por Jotta Mendes/Repórter Coragem