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Palocci decide negociar delação premiada, e advogado deixa defesa

12/05/2017 - 19h14

São Paulo – Depois de indas e vindas, o ex-ministro Antônio Palocci (Fazenda/Governo Lula e Casa Civil/Governo Dilma) começou a negociar um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato.

A informação foi confirmada a EXAME.com pela assessoria de imprensa do escritório do criminalista José Roberto Batochio, que defende o ex-ministro há cerca de 10 anos. O advogado, que é contrário a esse tipo de acordo, anunciou há pouco que irá deixar a defesa do petista  exatamente por esse motivo.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o afastamento de Batochio seria também uma primeira exigência da força-tarefa da Lava Jato.

A negociação, segundo o jornal Folha de S. Paulo, deve ser capitaneado pelos advogados Adriano Bretas e Tracy Reinaldeti — que já defenderam Palocci, mas foram afastados do caso logo depois que a defesa do petista entrou com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a revogação de sua prisão.

Para continuar costurando o acordo, Palocci deve ainda desistir da petição feita ao Supremo. A princípio, o caso seria analisado pelo plenário da corte.

Em depoimento ao juiz Sergio Moro em 20 de abril, ex-ministro disse estar disposto a revelar nomes e operações que renderiam mais 1 ano de trabalho à Lava Jato.

Nota do Escritório José Roberto Batochio Advogados Associados

“O Escritório José Roberto Batochio Advogados Associados deixa hoje o patrocínio da defesa de Antonio Palocci em dois processos que contra este são promovidos perante o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba, em razão de o ex-ministro haver iniciado tratativas para celebração do pacto de delação premiada com a Força Tarefa Lava-jato, espécie de estratégia de defesa que os advogados da referida banca não aceitam em nenhuma das causas sob seus cuidados profissionais.”

Fonte Exame


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