Sai suposto engenheiro civil, Anderson Jamel, e entra suposto engenheiro agrônomo Henrique da Ceplac
A administração João Bosco Bittencourt (PT) anda cometendo uma atrapalhada atrás da outra desde que assumiu que João Bosco já assinou decretos de outros municípios, documentos sem ler, cancela o que nunca existiu, decreta emergência quando não precisa, depois manda fazer carnaval para comemorar.
A última atrapalhada da administração municipal aconteceu na noite de segunda-feira, 6 de janeiro, quando o prefeito exonerou Valdo Gusmão da Secretaria de Infraestrutura e em seguida nomeou o suposto engenheiro civil Anderson Jamel Edim para ocupar a vaga. Os dois atos foram feitos quase que simultâneo, tanto que na sequência a assessoria de comunicação distribuiu nota à imprensa anunciando a mudança.
Até aí tudo bem, a secretaria não poderia ficar sem alguém para gerir, já que infraestrutura é uma das maiores demandas de Teixeira de Freitas, sobretudo depois do intenso período chuvoso que atravessa a cidade.
Porém, o erro foi justamente anunciar o novo secretário Anderson Jamel como sendo engenheiro civil. Pouco depois do anúncio, as redes sociais e e-mails dos veículos de comunicação começaram a receber denúncias de que Anderson Jamel não seria engenheiro civil.
Tão logo ficou sabendo da possibilidade de que a administração estivesse vendendo lebre por gato, nossa Redação tentou checar a veracidade da informação, mas, no CREA Bahia ficou constatado que Anderson não possuía qualificação como engenheiro civil. Como a informação é de que ele era mineiro, tentamos checar os dados junto ao CREA de Minas Gerais, onde também o nome dele não aparece no cadastro de engenheiros civis disponibilizados no site do CREA. Nossa Redação, então, entrou em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura e solicitamos a cópia do diploma de engenheiro do recém-nomeado secretário, no que a assessoria ficou de nos enviar o mais rápido possível.
Fato que não ocorreu, por isso, ligamos mais uma vez na tentativa de checar se poderíamos obter o referido diploma, fomos informados que receberíamos ainda durante o dia de quarta-feira, 8, uma informação completa sobre nossa solicitação.
Porém, no início da noite de quarta-feira, 8, recebemos uma nota da assessoria onde informava que o suposto engenheiro agrônomo Henrique da Ceplac havia assumido interinamente a secretaria. Na nota, a assessoria chega a dizer que o nome de Anderson Jamel chegou a ser cogitado, mas, que não houve um acordo para que ele assumisse a pasta, o que não é verdade, uma vez que, a própria assessoria distribuiu release, onde Anderson Jamel aparecia ao lado de João Bosco sendo empossado.
O que estranha nisso tudo não é o fato de Anderson Jamel não ser engenheiro, ele poderia muito bem ser secretário sem precisar ser engenheiro, o que se estranha é que a própria administração admitiu que tivesse usado critérios técnicos para escolha do novo secretário. Quais critérios foram esses?
Já o novo secretário interino, Henrique da Ceplac, alega ser engenheiro agrônomo, no entanto, sua formação é de técnico agrícola, além disso, é um inimigo íntimo de João Bosco, com quem sempre disputou espaços dentro do próprio partido, levando Bosco a disputar prévias para ser candidato do PT, só desistindo quando a ordem veio de cima para baixo, ou seja, da direção estadual do partido.
Além do velho entrave com João Bosco, Henrique andou queimando a imagem do prefeito, quando, em fevereiro de 2013, teria, pouco depois de assumir a Secretaria de Agricultura, ameaçado sua ex-esposa. O fato foi parar na delegacia de polícia e foi publicado em diversos meios de comunicação, inclusive no “Repórter Coragem”, como mostra o link a seguir.
Este é o retrato da administração municipal, troca suposto engenheiro civil por suposto engenheiro agrônomo, depois junta os dois e supostamente trabalham.
Por Jotta Mendes/Repórter Coragem