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Se for preso João Bosco não poderá fazer companhia a José Dirceu

12/08/2015 - 16h51
Pensando com Coragem novo texto

Olá amigos, mais uma vez estamos de volta com nossa coluna semanal.

Vamos aproveitar nossa coluna desta semana para comentar a prisão do tri-preso, José Dirceu, ex-chefe da casa civil do governo Lula e até hoje o principal articulador do PT e de Dilma Rousseff.

A prisão de José Dirceu aconteceu na segunda-feira, 3 de agosto, em sua residência em Brasília. Desta vez Dirceu é acusado de envolvimento nos desvios da operação Lava Jato.

Segundo a investigação comandada pelo juiz Sérgio Moro, desde a época do mensalão, que o acusado vinha atuando como operador dos desvios na Petrobras, tendo recebido milhões de propina, mesmo durante o tempo em que ficou preso em razão da condenação de chefe de quadrilha do mensalão.

José Dirceu é uma espécie de operador de crimes perpetrados pelo PT. E sempre a mando de seu chefe, o ex-presidente Lula.

Dirceu é também gente de confiança da presidente Dilma Rousseff. Tanto que a mesma foi indicada por ele para ocupar o posto que era seu, quando o citado deixou o ministério para responder as acusações de envolvimento no mensalão, na Câmara dos Deputados.

Quem também é amigo íntimo do chefe da quadrilha do mensalão, José Dirceu, é o prefeito de Teixeira de Freitas João Bosco Bittencourt do PT. O grau de amizade dos dois é tão intimo que quando João Bosco ganhou as eleições em Teixeira de Freitas e Dirceu foi condenado no mensalão os dois se reuniram para comemorar em Camaçari.

O encontro aconteceu entre os dias 17 e 19 de novembro, de 2012, em Camaçari. O mesmo contou com a presença de diversos petistas, em sua maioria baianos, entre eles estavam o ex-secretário do Planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli, o atual governador, Rui Costa, os deputados federais Zezéu Ribeiro in-memória e Valmir Assunção, os estaduais Luiza Maia, Rosemberg Pinto e Fátima Nunes. Além do ex-presidente do PT, Jonas Paulo, o prefeito eleito de Teixeira de Freitas, João Bosco, e o diretor superintendente do Sebrae Bahia, Edival Passos. O anfitrião do encontro foi o atual secretário da casa civil do governo Rui Costa, Josias Gomes, que também foi o deputado de João Bosco nas últimas eleições.

Na época o encontro ficou conhecido como a: “Farra do Bode”. Especialista em temperar o bode, Josias Gomes, fez com que seus convidados se fartassem de bode, a ponto de todos saírem empanturrados do encontro.

Possivelmente, foi neste encontro que o esquema de corrupção o qual domina o governo João Bosco foi montado. Isso sob a batuta de José Dirceu.

Especula-se, inclusive, que o contrato software que levou milhões de Teixeira de Freitas durante o decreto de emergência, seja pra beneficiar José Dirceu e a empresa Ktech seria mais uma de suas inúmeras empresas.

Em razão deste contrato o prefeito é investigado pela Polícia Federal na operação Águia de Aia.

O esquema que funcionou no começo do governo João Bosco seguiu os moldes dos governos petistas. Inclusive, a orientação para decretação do estado de emergência, para fugir da licitação, muito provavelmente foi sugerida pelo próprio Dirceu.

O qual viu na manobra uma forma de burlar a lei e entrar em Teixeira de Freitas sem precisar disputar processo de licitação.

Em razão de diversas irregularidades cometidas no primeiro ano de sua gestão o prefeito de Teixeira de Freitas, João Bosco Bittencourt, teve as contas rejeitadas. Além disso, responde a ação penal 0015656-2014.8.05.000 no Tribunal de Justiça da Bahia.

Na referida ação penal, os promotores pedem, inclusive, o afastamento e a prisão do prefeito João Bosco.

Caso o TJBA considere necessário para o tramite do processo, o prefeito João Bosco poderá ser preso, ou não se o TJBA considerar que ele não apresenta riscos ao tramite do processo.

O referido processo inclusive já teve diversas audiências de julgamento adiadas, mas pode ir para julgamento a qualquer momento.

Se for preso João Bosco não poderá fazer companhia a José Dirceu, a menos que fique provado que o prefeito esteja envolvido com a operação Lava Jato. Hipótese que não pode ser descartada, uma vez que propinas da Petrobras podem ter sido usadas na campanha de João Bosco em Teixeira de Freitas, em 2012.

Só neste caso, João Bosco poderia ser levado ao presídio federal em Curitiba Paraná. Onde está preso seu amigo, José Dirceu.

No entanto, é muito pouco provável que a operação Lava Jato venha desaguar em Teixeira de Freitas só pra cair na cabeça de João Bosco.

Contudo, neste meio político nada é descartado, mesmo com possibilidade remota, dinheiro da Petrobras pode ter sido usado em 2012 em Teixeira. Se isso ocorreu João Bosco poderá ser um dos que irá conhecer a fúria do juiz federal, Sérgio Moro.

Caso isso venha a acontecer, que tal João Bosco pedir a Josias Gomes que prepare uma paella de bode e leve ao colega José Dirceu, na prisão no Paraná.

Como João Bosco gosta de entrar para história. Ele pode entrar para história como o único prefeito do interior da Bahia preso na Lava Jato.

Semana que vem tem mais. Boa semana.

Jotta Mendes é radialista e repórter


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