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Temer diz ter “convicção” de que vai reverter quadro de crise no país

01/06/2016 - 14h20

Michel Temer, discurso

Em um discurso focado na economia, o presidente interino, Michel Temer, disse hoje (1°) que o Brasil está mergulhado em uma das “grandes crises de sua história”. Ele afirmou que evita falar em “herança” deixada para seu governo, mas considera importante informar o cenário encontrado. O presidente interino disse ter a “convicção” de que é possível reverter esse quadro de crise e retomar a confiança e o crescimento.

O país – não vamos ignorar – se encontra mergulhado numa das grandes crises da sua história, numa conjugação de vários problemas ocasionados por erros dos mais variados ao longo do tempo que comprometem a governabilidade e a qualidade de vida da nossa gente”, disse, em discurso no Palácio do Planalto, na cerimônia de posse dos presidentes dos bancos públicos, da Petrobras e do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Não falarei em herança de espécie nenhuma. Até precisamos modificar esses hábitos que se instalaram no Brasil, como se o passado fosse responsável pelo presente. Não falarei em herança de espécie nenhuma, apenas revelo a verdade dos fatos para que oportunistas não venham a debitar os erros dessa herança em nosso governo”, acrescentou.

O presidente interino citou o atual cenário do país, que soma 11 milhões de desempregados, e disse que a inflação ainda “inspira vigilância”. Temer disse ainda que o déficit de R$ 96 bilhões na conta pública apontado pelo governo anterior atinge, na realidade, a casa dos R$ 170 bilhões.

Este é o cenário em que assumimos o governo, mas tenho a mais absoluta convicção de que é possível reverter esse quadro e retomar a confiança e o crescimento”, ressaltou.

Aos presentes, o presidente interino disse que um sentimento de união nacional é fundamental para reverter a crise, e apontou medidas da agenda positiva, tomadas neste início de governo, como a redução da administração pública, a discussão e aprovação no Congresso Nacional da nova meta fiscal e o projeto que limita despesas, estabelecendo um teto para os gastos públicos.

Todas essas medidas não resolverão da noite para o dia os nossos imensos problemas, mas é preciso imediatamente recuperar a confiança do provo brasileiro”.

Temer deu posse aos presidentes:

  • presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi;
  • presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli;
  • presidente da Petrobras, Pedro Parente;
  • presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico), Maria Silvia Bastos;
  • presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Ernesto Lozardo.

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