Política

Vereadores acenam possibilidade de instalação de CPI; e agora João?

03/04/2013 - 15h11

A sessão da Câmara nesta terça-feira, 2 de abril, foi conturbada, pouco pacífica. Logo no início, o vereador Aílson Cruz (PSDB) utilizou a tribuna em posse dos documentos entregues a ele pelo ex-gestor Apparecido Rodrigues Staut (PSDB), devidamente assinados, que comprovariam que o ex-prefeito deixou na Prefeitura Municipal cerca de R$ 15 milhões.Ailson e Ariston

“Aqui estão documentos que o ex-gestor exibiu, mostrando que ele deixou, aproximadamente, R$ 15 milhões aos cofres públicos. Então, se existiu esse dinheiro, peço urgentemente que instalamos uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para sabermos onde foi parar, e por que o atual gestor solicitou o estado de emergência ao município, já que o dinheiro existe”, disse o vereador.Ailson Cruz

Aílson Cruz demonstrava notória indignação e revolta por conta das atitudes de João Bosco (PT).

“Vejam, aqui se encontra o informativo da Câmara, os demais vereadores aparecem com seus pedidos. Eu realizei várias solicitações no município e nenhuma foi atendida, nem sequer apreciada. Então, se observarem nesse informativo, não estou pousando nas fotos, porque manifestei minha indignação. Enquanto o prefeito não efetivar uma solicitação minha, não farei outras, meu protesto continuará”, disparou o edil.Ariston Pinheiro

O assunto retornou em debate quando o vereador Ariston Pinheiro (PP) usou a tribuna. “Eu, particularmente, não acredito em Apparecido Staut (PSDB), mas, se realmente existir esse dinheiro, não podemos tomar outra atitude a não ser entrar com uma representação no Ministério Público e apoiar a instalação da CPI” afirmou.

Um governo repleto de resultados infelizes, essa foi a gestão de Apparecido Staut (PSDB). Agora, o ex-gestor entrega documentos ao vereador Aílson Cruz (PSDB) pedindo que este solicite junto aos demais edis uma CPI, pois, conforme o próprio, a prefeitura foi entregue com dinheiro em caixa. No entanto, se existiu o dinheiro, alguém pegou, usou, escondeu, realizou uma manobra política, qualquer coisa, menos repassar ao interesse público.

O povo precisa de uma resposta, que, agora, cabe a João Bosco (PT), até porque o ex-gestor manifestou-se. Precisamos que esses vereadores não modifiquem os seus discursos, como costumam fazer frequentemente. Mas, ponderemos acerca, uma vez que, isso acontece. Alguns políticos usam o poder para beneficiar outrem com empregos públicos, tomar conta de determinado setor, e para isso, saem, muitas vezes, em defesa ao gestor, inda que este não mereça. Com isso, terminam por prejudicar a população e a eles, que sofrem com a derrota política. Lembramos que os edis atuais estão exemplados do modelo anterior. O ambiente fechou e o prefeito João Bosco (PT), certamente, ponderará sobre essa atitude de Apparecido Staut (PSDB).

A cobrança dos vereadores pode ser o que a cidade precisa, mas, a dúvida é: será que eles realmente querem fiscalizar? Ou, apenas receber um cala boca? Isso será cena do próximo capítulo. Se calarem, rolou o cala boca; se cobrarem, estão fazendo seu papel.

Vamos aguardar as revelações, pois a imprensa, em seu papel, permanece de “olhos abertos”. E agora João?

Com informações do Portal N3


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