Balconista morre com suspeita de supergripe na Grande Vitória
Após esperar por três dias para conseguir uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a balconista Sidneia Gomes Faria (37 anos), morreu nesta segunda-feira (16) com suspeita de supergripe.
A luta pela vaga começou na última terça-feira, quando ela deu entrada no Hospital Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha. Sidneia ficou em coma e seu laudo médico dizia que ela necessitava com urgência de um leito isolado, devido à suspeita de supergripe.
Na última sexta-feira a família fez uma manifestação pedindo ajuda, conforme A Tribuna publicou na edição de sábado.
No mesmo dia da manifestação, a balconista foi transferida para o Hospital Santa Úrsula, em Vitória. Segundo o irmão, Sidney Gomes Ferreira (42 anos), a família entrou com um pedido no Ministério Público e na Justiça Federal para garantir o leito de UTI. Para ele, a demora em conseguir o tratamento adequado piorou a situação de Sidneia.
“Se tivesse conseguido uma vaga de UTI antes, ela poderia estar conosco até agora. Eu coloquei minha casa à venda para pagar UTI particular, mas não consegui. Tentei salvar a vida dela de todo jeito”, lamenta o irmão.
Segundo a cunhada de Sidneia, Ana Maria Sousa Ferreira (38 anos), o estado de saúde da balconista era crítico.
“Se ela pegou esse vírus, ele está circulando pelo nosso bairro. Ela ficou muito mal e estamos processando ainda esta perda. É muito doloroso”, explicou Ana.
Sidneia foi sepultada ontem à noite, no Cemitério de Vila Verde, em Pancas, na região Noroeste do Estado.
SINTOMAS
A balconista apresentou os primeiros sintomas no dia 8, sentindo febre alta e falta de ar. Levada para o Pronto-Atendimento da Glória, foi liberada com o diagnóstico de um quadro de virose.
Na terça-feira, deu entrada no Hospital Antônio Bezerra de Faria e foi internada em estado gravíssimo. Em seu laudo médico, apresentava suspeita de H1N1.
A família acredita que ela morreu com supergripe. O laudo oficial ficará pronto em 30 dias.
Edição Bell Kojima/Repórter Coragem