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Lava Jato investiga “caixa 2” na campanha de Lula à reeleição

02/08/2016 - 14h06

Operação Resta Um

A 33ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje (2) pela PF (Polícia Federal), tem com um dos objetivos esclarecer denúncias de que a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu pagamentos ilegais, o chamado “caixa 2”, do consórcio Quip, que tinha contratos bilionários com a Petrobras.

O dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, disse ao juiz Sergio Moro, no ano passado, que o consórcio Quip repassou R$ 2,4 milhões em dinheiro ao tesoureiro da campanha de reeleição de Lula, José de Filippi Júnior. O vídeo da delação foi divulgado pela imprensa.

A operação desta terça-feira tem como alvo principal a empreiteira Queiroz Galvão, sócia majoritária do consórcio Quip, que firmou contratos bilionários com a Petrobras para a reforma e construção de plataformas de extração de petróleo, como a P-53 e a P-55.

“É uma investigação que ainda está em andamento em relação a reunir indícios, basicamente o que se tem é o relato de colaboradores de que em 2006 a Quip teria sido abordadada. Foram solicitadas doações eleitorais que, na verdade, seriam também um pagamento de vantagem indevida por conta da plataforma P-53”, disse a delegada da PF Renata da Silva Rodrigues.

Dois mandados de prisão preventiva, tendo como alvo os ex-executivos da Queiroz Galvão Othon Zanoide e Idelfonso Colares, foram cumpridos hoje pela PF.

O executivo da Quip Marco Pereira Reis teve decretada a prisão temporária, mas a ordem judicial ainda não foi cumprida por ele se encontrar no exterior.



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