Agressão psicológica

Menino chama polícia após ouvir pai dizer que arrancaria bebê da barriga da mãe

14/07/2019 - 17h28

Foto ilustrativa

Um menino de 7 anos chamou a polícia para o próprio pai nesta quinta-feira, 11 de julho, no Distrito Federal, após ouvi-lo ameaçar a mãe, grávida de 4 meses, dizendo que arrancaria o bebê da barriga dela e ainda o comeria. O homem foi preso, mas solto em seguida por não se tratar de flagrante.

A criança relatou à polícia que o pai agia de forma violenta com a mãe e que durante a madrugada havia quebrado o telhado e portas da casa. Ainda de acordo com a criança, o homem, de 38 anos, ameaçou agredir a mulher com um caco de garrafa de vidro. Depois de ouvir as ameaças, ele acionou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), por meio do 190, e ficou aguardado a chegada da esquipe na esquina de casa, localizada na QR 619, no Samambaia.

Ao chegarem no local, os policiais encontraram o homem junto com a vítima, uma mulher de 39 anos, em um beco que dá acesso à casa. O suspeito foi preso e encaminhado à 26ª Delegacia de Polícia, em Samambaia, mas solto no mesmo dia por não configurar prisão em flagrante. Com ele foi apreendido o pedaço de vidro usado nas ameaças contra a mulher.

À PM, a mulher confirmou a versão do filho. Ela contou que o homem ameaçou por diversas vezes arrancar o bebê de sua barriga com o caco de vidro, além de outras agressões. Ainda de acordo com ela, o ex-marido é dependente químico.

Ela pediu medidas protetivas de urgência.

Agressão contra mulher

Em agosto deste ano, a Lei Maria da Penha completará 13 anos, e o número de caso de violência contra mulher ainda é crescente no Brasil. Só no primeiro semestre de 2018, foram registradas quase 73 mil denúncias, de acordo com dados do Ministério dos Direitos Humanos (MDH), que administra a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, o Ligue 180.

Segundo o relatório, as principais agressões denunciadas são cárcere privado, violência física, psicológica, obstétrica, sexual, moral, patrimonial, tráfico de pessoas, homicídio e assédio no esporte. As denúncias também podem ser registradas pessoalmente nas delegacias especializadas em crime contra a mulher.


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