João Bosco e suas muitas faces
Em entrevista concedida à TV Sul Bahia de Teixeira de Freitas, o prefeito João Bosco, para justificar a inutilidade de um mandato de quase um ano e meio, tenta explicar a inércia de sua administração com palavras vãs, ora culpando o tamanho da cidade, ora a quebra de manilhas, que, ao ser ver, é responsável por alagamentos. Fala da excelentíssima qualidade do trabalho de manutenção das ruas feita com barro e finaliza mandando que a população tome diazepan se estiver com ansiedade por obras.
A seguir, trechos da entrevista do prefeito de Teixeira de Freitas, que tentou subestimar a inteligência do teixeirense com conversas vazias e sem, de fato, falar em quando alguma obra será concretizada no município.
Perguntado sobre a demora em tapar os buracos, eis que respondeu o prefeito:
“Olha, você já deu uma andada nesta cidade pra ver o tamanho da cidade? Depois das últimas chuvas? Nós tivemos 3 meses de chuvas, e não tivemos estiagem, tínhamos uma chuva torrencial, ai passava 3 ou 4 dias com uma chuva leve, nublada, não secava e vinha outra chuva torrencial. Então o solo ficou molhado, encharcado. Isso fez com que as chuvas não encontrassem um solo sólido compacto e foi fazendo com a água fosse cavando as valas, o que criou uma situação de terror na cidade. Há bairros em que as pessoas não conseguem entrar dentro de casa, então, você pega um bairro para tentar consertar, passa a máquina, rolo, estamos jogando barro, fazendo uma operação de altíssima qualidade. Só que você termina de fazer e uma semana depois dá uma chuva e tudo volta a estaca zero.
Ainda na entrevista, o prefeito aponta uma solução que seria a drenagem definitiva, uma macro drenagem, e segue dizendo que foi atrás de verba federal por que com o recurso da cidade não tem condição de se fazer tal obra.
“A solução definitiva é com a macro drenagem, essa nos vamos fazer com as obras do PAC, nós estamos cumprindo os prazos, entregando a primeira parte dos projetos em dezembro, depois tivemos em fevereiro algumas correções, solicitação da Caixa, agora até o final de abril eu tenho que entregar outras correções.”
De acordo com João Bosco, há uma equipe pela cidade fazendo uma sondagem, com uma topografia de todos os canais, num serviço extremamente moderno, inclusive, com a realização de batimetria – medir a vasão dos rios.
E termina sua entrevista com uma receita nada convencional à população, indignada depois de tanto descaso, cansada e acuada pela inércia da administração, que chega a 16 meses de mandato sem ter feito nenhuma obra em prol dos que o elegeram e depositarem nele sua confiança: “Eu quero dizer a população, por mais que vocês estejam angustiados, eu também estou angustiado, eu não vou tratar ansiedade com dinheiro público, quem tiver ansiedade eu resolvo com Diazepam”.
Por Viviane Moreira/ Repórter Coragem