Política

“Não posso aceitar ser vice de uma mulher”, diz Caio a Marta Helena

06/02/2020 - 07h20Por: Jotta Mendes

Caio Checon

Política se faz com grupo e alianças, quem não consegue formar grupo, ou fazer alianças, jamais chegará ao poder. Numa aliança política, assim como num casamento, é necessário que haja renúncia de ambos os lados, se você não estiver disposto a abrir mão de alguma coisa, jamais conseguirá unir-se a alguém.

O maior sonho de Caio Checon, é torna-se prefeito de Teixeira de Freitas, o que coincide com o sonho de Marta Helena, que também sonha em ser prefeita do município. Nenhum dos dois tem grupo político, então, eles precisam de alianças para almejar um lugar ao sol na disputa pela Prefeitura de Teixeira de Freitas.

É normal nas alianças que, quem está na frente das pesquisas lidere a chapa majoritária, pois, não é justo quem está em primeiro, ou está na frente, ceder o lugar pra quem está atrás.

Em 2016 Marta Helena era segunda colocada nas pesquisas eleitorais para Prefeitura de Teixeira de Freitas, Caio Checon pontuava bem, só que não se aproximava do segundo lugar que era dela, ela então o procura para uma aliança que deixasse os dois em condições de disputar a liderança do município, caso contrário os dois não seriam páreo para o atual prefeito Temóteo Brito e o ex-prefeito João Bosco.

Marta Helena

Ao propor a aliança, Marta Helena ofereceu a posição de vice para Caio, ao ouvir isto o mesmo teria refutado e lhe dito a seguinte frase:

Não posso aceitar ser vice de uma mulher.

A forma como Caio refutou o convite de Marta é uma verdadeira demonstração de machismo, daqueles que não reconhecem as conquistas das mulheres.

Já tivemos mulheres na presidência da República, na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — onde inclusive a atual presidente é a ministra Rosa Weber — , no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA) e em outros cargos importantes que foram brilhantemente presididos por mulheres.

A declaração de Caio chega ser ultrapassada para os nossos dias e mostra como pretende tratar as mulheres numa eventual gestão.

Edição: Bell Kojima


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