Prefeitura altera a nomenclatura dos vigias, mas, deixa de criar a Guarda Municipal
Há um bom tempo que a administração municipal de Teixeira de Freitas vem cometendo equívocos em relação a Guarda Municipal da cidade, chegando ao cúmulo de promover treinamentos com arma de fogo sem sequer criar, de fato, a guarda, que poderia contribuir com a segurança pública do município, caso passasse a existir de verdade.
Para tentar corrigi este equívoco, a administração municipal de Teixeira de Freitas encaminhou à Câmara Municipal de Vereadores no dia 25 de março o projeto de lei 06/2014, que altera a nomenclatura de vigia, de que trata a lei complementar 01/2002, para Guarda Municipal.
O referido projeto, que continha apenas duas folhas de papel ofício dada a maneira amadora como foi elaborado, precisou de 13 reuniões para poder ser encaminhado à Câmara Municipal para possível apreciação e votação.
Na sessão ordinária realizada em 15 de abril o referido projeto foi colocado em votação e aprovado por unanimidade, o que mostra que nem os “supostos”, criadores de lei eleitos pelo povo sabem analisar o que deve ser feito.
Alterar a nomenclatura de Vigia para Guarda não resolverá o problema da ilegalidade em que vive a suposta “Guarda Municipal”, que para passar a existir de fato precisaria de um projeto de lei que a criasse no município de Teixeira de Freitas.
Projeto esse que deveria conter funções e cargos, tanto de livre nomeação, como cargos concursados, enquanto isso não ser feito, os guardas continuarão sendo vigias, tendo prerrogativas apenas para serem guardadores do patrimônio público, sem nenhum poder de polícia, ou, autoridade para abordar qualquer cidadão, muito menos para circular em carros padronizados como se polícia eles fossem.
Esse equívoco do Poder Público tem levados os vigias a cometerem alguns abusos, que agora serão mais frequentes.
Outro dia, por exemplo, nossa Redação encaminhou uma repórter para cobrir um episódio que envolvia os vigias municipais, no meio do evento um vigia a abordou e exigiu que ela chamasse o líder deles de capitão, patente que é usada nas organizações militares. Se antes do projeto que altera a nomenclatura fosse aprovado já vinham agindo assim, imaginem agora.
Nota da Redação
Que fique bem claro aos vigias municipais que não temos nada contra a transformação em guardas, o que queremos é que, de fato, a Guarda Municipal seja criada, para dar subsídio e proteção aos componentes, que passarão a poder ajudar a segurança pública da cidade.
Por Jotta Mendes/Repórter Coragem