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Polícia recupera cerca de R$ 1 milhão de pirâmide financeira; lucro ilegal é estimado em R$ 200 milhões

06/09/2017 - 20h15

Cinco dias após a Justiça ter decretado a prisão preventiva de um dos fundadores de uma pirâmidade financeira que já pode terdado lucro de R$ 200 milhões, a Polícia Civil de Itabuna, no sul da Bahia, apreendeu um valor aproximado de R$ 1 milhão em espécie na conta da sogra do suspeito.

A operação que levou a polícia até a residência ocorreu na terça-feira (5), por meio do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (DPCP). A sogra do suspeito, que também era investigada por participação no esquema criminoso, foi identificada como Edlane Alves de Oliveira. Ela é procurada pela polícia.

Segundo o delegado Humberto Mattos, um dos responsáveis pelas investigações, o valor apreendido foi depositado em uma conta e ficará à disposição da Justiça para a possível reparação às vítimas da pirâmide financeira.

Danilo Santana, fundador da D9 Empreendimentos e um dos responsáveis pela criação do esquema, continua foragido. A Justiça obteve a informação de que ele fugiu do país e a situação foi comunicada à Interpol.

Prisão preventiva

 A Justiça do Rio Grande do Sul decretou no dia 31 de agosto a prisão preventiva de Danilo Santana. Ele é suspeito de ter criado na cidade de Itabuna, no sul da Bahia, um esquema de pirâmide financeira, que funcionava em vários estados do país, por meio da internet, e tinha como foco apostas em jogos de futebol.
O decreto de prisão para Danilo foi expedido pelo juiz Ricardo Andrade, da 1° Vara Crime de Sapiranga. O empresário foi indiciado pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Um outro empresário, chamado Isaac Albuquerque, dono da Tips Club, também do sul da Bahia, também é investigado.

Esquema

Conforme a polícia, Danilo e Issac atraíam as vítimas com a proposta de ganhar dinheiro com apostas no jogos, prometendo aos investidores um ganho de 30% sobre os valores aplicados no negócio. Eles foram descobertos, segundo a polícia, porque costumavam ostentar dinheiro e bens.

Entre as vítimas que procuraram a polícia para denunciar o crime, estão moradores de estados como Amapá, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Minas Gerais e São Paulo, além da Bahia.

De acordo com a polícia, para participar do esquema de apostas, as vítimas acessavam um site e criavam uma conta virtual. Por meio dessa conta, acompanhavam os lucros dos investimentos que faziam. Mas quando os investidores descobriram que não conseguiam sacar o lucro, paravam de investir. No entanto, o dinheiro aplicado já estava com os criadores do esquema.

Conforme a polícia, durante as operações nas casas dos empresários foram apreendidos um drone, um computador usado para armazenar informações bancárias das vítimas, além de um jet ski e uma moto de luxo. O material foi encaminhado para análise.

Fonte: G1.Bahia


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