Polícia recupera cerca de R$ 1 milhão de pirâmide financeira; lucro ilegal é estimado em R$ 200 milhões
Cinco dias após a Justiça ter decretado a prisão preventiva de um dos fundadores de uma pirâmidade financeira que já pode terdado lucro de R$ 200 milhões, a Polícia Civil de Itabuna, no sul da Bahia, apreendeu um valor aproximado de R$ 1 milhão em espécie na conta da sogra do suspeito.
A operação que levou a polícia até a residência ocorreu na terça-feira (5), por meio do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (DPCP). A sogra do suspeito, que também era investigada por participação no esquema criminoso, foi identificada como Edlane Alves de Oliveira. Ela é procurada pela polícia.
Segundo o delegado Humberto Mattos, um dos responsáveis pelas investigações, o valor apreendido foi depositado em uma conta e ficará à disposição da Justiça para a possível reparação às vítimas da pirâmide financeira.
Danilo Santana, fundador da D9 Empreendimentos e um dos responsáveis pela criação do esquema, continua foragido. A Justiça obteve a informação de que ele fugiu do país e a situação foi comunicada à Interpol.
Prisão preventiva
Esquema
Conforme a polícia, Danilo e Issac atraíam as vítimas com a proposta de ganhar dinheiro com apostas no jogos, prometendo aos investidores um ganho de 30% sobre os valores aplicados no negócio. Eles foram descobertos, segundo a polícia, porque costumavam ostentar dinheiro e bens.
Entre as vítimas que procuraram a polícia para denunciar o crime, estão moradores de estados como Amapá, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Minas Gerais e São Paulo, além da Bahia.
De acordo com a polícia, para participar do esquema de apostas, as vítimas acessavam um site e criavam uma conta virtual. Por meio dessa conta, acompanhavam os lucros dos investimentos que faziam. Mas quando os investidores descobriram que não conseguiam sacar o lucro, paravam de investir. No entanto, o dinheiro aplicado já estava com os criadores do esquema.
Conforme a polícia, durante as operações nas casas dos empresários foram apreendidos um drone, um computador usado para armazenar informações bancárias das vítimas, além de um jet ski e uma moto de luxo. O material foi encaminhado para análise.
Fonte: G1.Bahia