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Fisioterapeuta que investigava assassinato do pai é morto

25/09/2017 - 08h50

Fisioterapeuta Jaime Brito Júnior, de 32 anos, foi encontrado carbonizado em uma fazenda onde estava morando no Japu, região de Ilhéus, sul da Bahia. A princípio, o incêndio no local aparentava ter sido acidental, mas a perícia da Polícia Civil detectou graves fraturas no crânio de Jaime. A vítima estava há algum tempo investigando a morte do pai, que foi assassinado.

A delegada Andréa Oliveira, do Núcleo de Homicídios de Ilhéus, informou que há fraturas na área frontal e no maxilar do fisioterapeuta. A polícia descobriu que um parente dele fez uma visita suspeita ao apartamento de Júnior no centro de Itabuna. Jaime não estava no apartamento no momento.

Para a polícia, existem fortes indícios de que o assassino do fisioterapeuta era familiar à vítima. O edifício onde fica o apartamento pertence à família Jaime, onde também funcionau o Hotel JG,  que já foi palco do assassinato do pai dele, Jaime Brito, nos anos 90. A mãe, suspeita de ter mandado matar o marido, também foi condenada por encomendar o homicídio da avó de Junior, sua mãe Nelita Alves Pereira, de 73 anos à época.

A partir da descoberta das fraturas a Polícia Civil abriu inquérito policial para investigar o caso.

Crimes em família

Em 1993, em Itapetinga, três irmãos se uniram e mandaram matar a mãe, Nelita Alves Pereira, por causa da herança. O júri lotou o Fórum e durou 24 horas. Os jurados condenaram os irmãos Maria Luzia Martins Ferraz a 17 anos e meio de reclusão e João Batista Martins Ferraz a 18 anos.

O outro filho, Ubirajara Martins Ferraz e o pistoleiro Abelar Diógenes Pessoa estavam foragidos na época. Nelita era dona do JG Hotel, em Itabuna, e várias fazendas em Itapetinga. Viúva, ela já havia dividido a herança do marido com os filhos que, não satisfeitos, simularam um assalto.

No dia 19 de dezembro de 1993 eles levaram a mãe até o distrito de Palmares, onde o pistoleiro por eles contratado matou Nelita com um tiro no ouvido, às 6h30. O pistoleiro chegou a ser preso e até participou da reconstituição do crime, que teve repercussão nacional.

(Por Ronildo Brito – TN c/Informações de A Região)


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