Oposição insistirá na criação de CPIs do BNDES e dos Fundos de Pensão
A oposição ao governo no Senado não conseguiu criar as CPIs para examinar investimentos do BNDES e dos fundos de pensão de empresas públicas federais. A CPI do BNDES, articulada por Caiado, chegou a ter 28 assinaturas – uma a mais do que o número exigido pelo regimento – mas seis delas foram canceladas por seus autores antes de a criação da comissão ser confirmada pela Mesa. Ronaldo Caiado (DEM-GO) se disse “surpreendido” e declarou ver no ato a participação do governo federal. “Todas as denúncias informam que está exatamente ali a grande caixa-preta, com desvios bilionários em empréstimos para empresas brasileiras que seriam os grandes financiadores do PT.
A repercussão atingiria toda a estrutura de governo. A preocupação em não deixar que progrida a instalação da CPI é algo que mostra que o governo se ocupou de tentar impedi-la”, afirmou o senador. Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) declarou que a retirada das assinaturas foi “vergonhosa”. Caiado antecipou que tentará uma aproximação com a bancada do PSB, composta por seis senadores, para tentar obter as assinaturas que faltam.
Os parlamentares socialistas, porém, foram decisivos para inviabilizar a CPI dos Fundos de Pensão, uma vez que cinco das seis assinaturas retiradas – eram 32 – eram de senadores da legenda, de acordo com a Agência Senado. O líder da bancada, senador João Capiberibe (PSB-AP), justificou a sua decisão e a dos colegas por meio de uma nota oficial. “A proliferação de CPIs dispersa o trabalho do Senado, enfraquece a investigação, desvia as atenções do debate das grandes questões nacionais”, diz o senador no documento. Capiberibe também informa que a bancada vai “concentrar suas forças e energias” nas CPIs já em funcionamento. A oposição deve retomar a coleta de assinaturas na próxima semana. As assinaturas já existentes não são perdidas e ainda integram os requerimento de criação das comissões de inquérito.
Fonte Bahianoticias