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Prefeito João Bosco estaria oferecendo secretarias em troca do apoio de vereadores na Câmara de Teixeira de Freitas

29/06/2014 - 19h15
Coluna Pensando com Coragem

Amigos, aqui estamos para mais uma semana de trabalho, que já iniciou me sentindo mais experiente, muito grato a Deus, pois amanhã, 30 de junho, troco de idade. Semana em que o Brasil vai torcer muito para passar pela Colômbia, que, assim como o Chile, deve dificultar o máximo o jogo. A angustia só deverá acabar depois das 19 horas de sexta-feira, 4 de julho.

Mas, vamos lá! Se tivermos que torcer, torceremos, se for para ficar plantados em frente a TV, ficaremos. Vamos torcer pelo Brasil, pois essa é a única diversão que sobra ao povo brasileiro, porém, enquanto o povo torce, os políticos roubam.

Vamos ao assunto dessa semana!

Há alguns dias fui procurado por alguém, que não vou dizer quem, até pra não aumentar a especulação, que me informou sobre uma ação do prefeito João Bosco Bittencourt (PT) para tentar obter maioria dos vereadores da Câmara Municipal.

Segundo a pessoa que me procurou para denunciar, o prefeito estaria oferecendo secretarias para que os edis lhe apoiassem na Câmara Municipal, tudo como forma de controlá-los para que ele pudesse centralizar ainda mais seus desmandos.

Conforme o denunciante, pelo menos três vereadores já teriam sido procurados, um seria justamente o presidente da Câmara, Ronaldo Baitakão, a quem o prefeito ofereceu a Secretaria de Agricultura, pasta que hoje está ocupada pelo ‘bi-secretário’ Henrique da Ceplac, o homem que manda em João Bosco. A pergunta é: deixaria Henrique a secretaria ir para as mãos de Baitakão?

Até aonde sabemos, Baitakão não teria aceitado a oferta. Não porque não gostou, mas, por medo da reação popular e do que a imprensa iria divulgar.

Outros dois vereadores também foram procurados – Adriano Souza e Juvenal das Laranjas. A eles o prefeito ofereceu a Secretaria de Serviços Extraordinários, que hoje é um departamento da Secretaria de Infraestrutura, também ocupada por Henrique.

Segundo o denunciante, o departamento voltaria a ser Secretaria e os dois vereadores passariam a comandar, com direito a nomear o secretário e alguns membros da comissão de frente.

A pergunta: o que os vereadores iam fazer com a secretaria? Haja vista que todo o serviço executado por ela foi terceirizado – recolhimento de lixo e limpeza pública; serviria a secretaria apenas como cabide de emprego?

A notícia boa é que com receio da ação popular e o que a imprensa diria, os dois ainda não bateram o martelo.

Outras secretarias estariam sendo negociadas com outros edis, porém, um dos vereadores não teria aceitado negociar e ainda teria dito aos demais: “se vocês aceitarem, eu vou pra imprensa e denuncio tudo”.

Diante da ação do edil que não topou denunciar, todo mundo estaria recusando trocar seu apoio incondicional por uma secretaria no governo. O que, de certa forma, é bom para a população, mas, será difícil saber até quando os edis resistirão às investidas do poder público municipal.

Essa prática de trocar cargos por apoio é bem antiga no governo brasileiro, funciona como um mensalão legalizado, já que juridicamente não há problema em entregar o comando de tal pasta em troca de sustentação política.

No governo do Estado e na Presidência da República isso é feito direto com os partidos, que, na verdade, só servem para este tipo de negociata.

Já no âmbito municipal, as negociações são direto com os vereadores, os quais, por sua vez, podem levar o partido a nível municipal. Isso não significa o controle do partido, haja vista que a qualquer momento ele pode ser tirado do controle dos referidos edis, e eles ficariam em má situação, já que precisam do partido para disputar a reeleição.

Estaria surgindo em Teixeira de Freitas o mensalão municipal?

Vamos aguardar para ver.

Jotta Mendes é radialista e repórter


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