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Policia Civil elucida homicídio de casal na Prainha e pede prisão dos envolvidos

23/02/2020 - 14h49Por: Edvaldo Alves/Liberdade News

A Policia Civil (PC), através do delegado responsável pela pasta de homicídios, Manoel Andreetta, chegou em tempo hábil a mais uma elucidação do duplo homicídio envolvendo o casal Carlos Roberto Santos Moreira, vulgo Michelângelo e Sheila Silva de Jesus, vulgo Sheilinha, ambos de 29 anos.

O crime aconteceu na tarde do dia 18 de janeiro, por volta das 15h, na região da Prainha, às margens da BR 101, zona rural de Teixeira de Freitas.

Carlos Roberto dos Santos Moreira, vulgo Michelângelo

O corpo de Carlos Roberto Michelângelo, foi encontrado boiando no rio Itanhém. O homem tinha marcas de torturas generalizadas praticadas pelo uso de instrumento cortante, provavelmente um facão, apresentando lesões em diversas partes do corpo: braços, pernas, peito, abdome, cabeça e parte de suas genitálias cortadas.

Sheila Silva de Jesus, vulgo Sheilinha

Já o corpo de Sheila Sheilinha, foi encontrado 4 dias depois, na manhã do dia 23 de janeiro, por volta das 11h, pelos moradores daquela mesma localidade. A mulher estava amordaçada e amarrada em uma cadeira, no interior de uma residência, também com visíveis marcas de torturas e em adiantado estado de decomposição.

Os indícios apontaram que o duplo homicídio ocorreu durante o mesmo evento criminoso, nas mesmas circunstâncias e envolvendo os mesmos autores.

O caso foi encaminhado para o delegado Andreetta, o qual após o desenvolvimento das investigações, imprimidas em conjunto com o Serviço de Inteligência (SI) da 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), através dos investigadores Sérgio Adriano, Alexandre Augusto, Alex Honorato e Marcos Gomes, apuraram que as vítimas fatais, Carlos Roberto e Sheila, estavam envolvidos com a prática de diversos crimes na região da Prainha, onde tinham o costume de consumir e traficar drogas, além de trocar objetos que os mesmos furtavam das residências e dos vários comércios situados nesta cidade.

Foi apurado que o casal trabalhava como “vapor”, ou seja, como “meninos de pista” para os traficantes comandantes da área sendo eles os ex-internos do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas (CPTF), Geovane Nascimento da Silva, 24, sua companheira Edna de Jesus Fernandes, 33, e os seus gerentes, os irmãos Clebson Pereira Silva, vulgo Neguinho, 19 e Isaías Pereira Silva, 21, todos pertencentes ao mesmo grupo de traficantes denominado Grupo de Beto Carroceiro, aos quais se associaram ainda quando cumpriam pena junto com os respectivos líderes, anos atrás, no interior do CPTF.

Geovane Nascimento da Silva, Edna de Jesus Fernandes, Clebson Pereira Silva, vulgo Neguinho e Isaías Pereira Silva

Após praticarem um “derrame”, ou seja, consumirem parte da droga que deveriam ter revendido para o grupo criminoso e, de não terem repassado o dinheiro que deviam à organização, o casal, Michelângelo e Sheilinha acabaram sendo assassinados à golpes de facão pelos próprios comparsas Geovane, Edna, Neguinho e Isaías.

Ambos foram torturados até a morte enquanto os integrantes do grupo buscavam informações acerca das drogas e do dinheiro desviados pelo casal.

O crime chocou e causou verdadeiro horror e comoção entre os moradores ribeirinhos da pacata comunidade da Prainha.

Informações levantadas pela polícia, dão conta que os acusados por este crime são responsáveis por praticarem toda espécie de atrocidades envolvendo pessoas inocentes e moradores da área, crimes que vão desde ameaças de morte, agressões físicas, furtos, roubos e tráfico de drogas, até assassinatos em série, sejam contra seus próprios integrantes e comparsas dissidentes, sejam contra os membros integrantes dos vários grupos de traficantes rivais, tendo como motivação a guerra travada pelos envolvidos pelo controle dos pontos de vendas e distribuição de drogas naquele local.

De acordo com o delegado, Manoel Andreetta, “a elucidação deste crime serve de exemplo para aqueles que ainda duvidam da capacidade dos policiais civis que atuam em Teixeira de Freitas e a resposta rápida, dura e eficaz cai como um golpe de marreta nos integrantes das organizações criminosas que ainda insistem em praticar homicídio por aqui”.

Se os traficante insistirem em matar em nossa comunidade, a Polícia Civil intensificará ainda mais os trabalhos, sempre contando com a confiança do cidadão de bem, a parceria da imprensa, e com os demais órgãos de persecução penal, a Polícia Militar, o Ministério Público e a Justiça, também responsáveis pela manutenção da Segurança Pública em nossa cidade.

O inquérito policial foi devidamente concluído, relatado e encaminhado à Justiça com o pedido de prisão preventiva dos envolvidos.

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Edição: Bell Kojima


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