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Candidatos a vereador bem votados não são eleitos em Itamaraju, Teixeira, Porto, Prado e Mucuri

04/10/2016 - 09h20
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A população geralmente fica indignada quando acompanha um candidato bem votado não conseguir se eleger por falta de  quociente eleitoral. Foi o que aconteceu em Itamaraju nas eleições deste domingo (02/10), onde dois candidatos bem votados na 8ª e 11ª posições não conseguiram a eleição porque faltou quociente para que os cálculos os atingissem e assumissem duas das 15 vagas da Câmara Municipal.

Em Teixeira de Freitas a Câmara tem 19 vagas e o vereador Ednaldo Rezende (PT) que buscava o seu terceiro mandato, foi o 10º mais votado do município e também não conseguiu se eleger porque o seu partido não atingiu o quociente suficiente para lhe dispor a quarta vaga tão aguardada. Em Mucuri, o vereador Carlinhos da Ótica (PSC) que buscava o seu segundo mandato foi o 7º mais votado do município e também não se elegeu porque o seu partido que não fez coligação, só conseguiu eleger três.

Em Porto Seguro onde a Câmara Municipal tem 17 vagas, o candidato a vereador Charles Sena (PMDB) ficou na 9ª colocação dos mais votados do município com 987 votos e o candidato Dilmo Santiago (PROS) foi o 10º votado com 913 votos e não foram eleitos. Onde existiram 9 candidatos eleitos com menos votos do que ambos, sendo que houve candidato eleito até com 563 votos.

No município de Prado o candidato Marciclei do Carmo Almeida que foi o 8º mais votado do município com 377 votos não se elegeu. Os vereadores Tadeu Monteiro Soares com 348 votos e Alfredo Gonthier de Almeida com 346 votos e que ocuparam a 9ª e a 10ª colocações da lista dos mais votados do município, não conseguiram a reeleição. Numa somatória partidária em que o PMDB conseguiu quociente para eleger o professor Boloca com 408 votos e reeleger a professora Bruna com 212 votos.

Os cálculos realizados na eleição proporcional, sistema pelo qual são eleitos os representantes da Câmara Federal, das Assembleias Legislativas e das Câmaras Municipais, consistem em uma das principais dúvidas dos eleitores. Quociente eleitoral, voto em legenda e quociente partidário são assuntos não dominados até mesmo por aqueles que participam ativamente das campanhas políticas.

O eleitor muitas vezes não entende por que um candidato bem votado não consegue uma vaga no Poder Legislativo, enquanto outro que tenha recebido menos votos, acaba eleito. Ou seja, neste caso é eleito o candidato que esteja no partido que recebeu o maior número de votos. Esse fato ocorre porque, nas casas legislativas (Câmara Federal, Assembleia Legislativa e Câmaras Municipais), as vagas são distribuídas de acordo com a votação recebida por cada partido ou coligação.

Ao escolher o candidato para esses cargos, o eleitor está votando, antes de mais nada, em um partido. É por isso que o número do partido vem antes do número do candidato. Se o eleitor quer votar apenas na legenda, sem especificar qual dos candidatos daquele partido ele quer eleger, é preciso digitar apenas os dois primeiros números.

Em Itamaraju a ex-vereadora 8ª Irani Passos da Silva, popularmente conhecida por “Gal” (PSC) foi a 8ª candidata mais bem votada com 746 votos nas eleições deste domingo (02) e não conseguiu se eleger porque o seu partido não obteve o quociente necessário, sendo que 8 candidatos que tiveram menos voto do que ela, conseguiram se eleger para o cargo de vereador.

O outro caso deste domingo (02), foi o do atual vereador de segundo mandato em Itamaraju, Janilton de Souza Dias, o “Jânio de Dal” (PSD) que buscava o seu terceiro mandato e obteve 629 votos e ficou na 11ª posição geral no município e não conseguiu se eleger, sendo que outros 6 candidatos a vereadores que tiveram menos votos do que ele conseguiram a vitória. Embora o seu partido conseguiu eleger dois vereadores e ele aguardava pela 3ª vaga que não veio.

Fonte Athylla Borborema


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