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“Joris de Jel”, filho de jornalista assassinado é o 2º vereador mais votado de Teixeira

04/10/2016 - 16h43

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O jornalista Joris Bento Xavier, o “Joris de Jel” (PTC), um jovem de 27 anos, foi o segundo vereador mais votado de Teixeira de Freitas nas eleições municipais deste domingo (02).

Joris de Jel obteve 1.394 votos e ficou atrás apenas do empresário Bernardo Cabral que obteve 1.412 indicações e foi o mais votado do pleito.

Joris Bento Xavier é jornalista por formação e decidiu se candidatar a vereador depois de muita luta e sem nenhum resultado em busca de justiça para solucionar a morte misteriosa do seu pai Jel Lopes, um também jornalista e radialista que já havia sido vereador da cidade e era por ocasião da sua morte suplente de vereador.

O seu estado de angústia e falta de empenho do estado no esclarecimento da morte do seu genitor lhe forçou a seguir os próprios passos do pai e também ingressou na política e obteve êxito nesta sua primeira missão.

Joris de Jel contou com um reduto eleitoral importante para sua eleição que foi o distrito de Santo Antônio onde mora sua família e era residência do seu pai Jel Lopes.

Caso Gel Lopes

A tragédia

O radialista e jornalista, ex-vereador e pré-candidato a deputado federal Jeolino Xavier Lopes (44 anos), o “Jel Lopes”, foi assassinado com 6 tiros por volta das 21h15 de quinta-feira do dia 27 de fevereiro de 2014 (primeiro dia de festa de carnaval na região), no interior do seu veículo, um Volkswagen modelo Voyage, cor verde, plotado com a marca do seu portal de notícias.

O crime ocorreu na ocasião em frente ao prédio de nº 348 da Rua da Saudade, no Bairro Bela Vista, numa região central de Teixeira de Freitas, onde foi deixar em casa, o colega repórter esportivo Djalma Ferreira (72 anos).

A sua namorada Daniele Ferreira dos Santos (25 anos) na época, que estava no banco traseiro, acabou ferida na perna direita por um projétil de arma de fogo.

Ela estava grávida do jornalista e hoje é mãe de uma garotinha de quase 2 anos.

O seu filho Joris Bento Xavier, que formou-se junto com o seu pai em 2013 na primeira turma do curso de jornalismo da FASB (Faculdade do Sul da Bahia) e trabalhava ao lado do seu genitor no Portal de Noticias N3, vem ao longo desses anos, lutando por justiça para que ao menos as autoridades baianas esclareçam os motivos que levaram ao assassinato do seu pai. Mas até hoje a morte do jornalista Jel Lopes é um mistério.

Joris se candidatou a vereador com a missão entre as suas bandeiras levantadas como legislador, buscar a promoção da justiça em torno da morte do seu pai.


Athylla Borborema/Portal N3


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