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Saída de Eujácio da Secretaria de Saúde deixa ainda mais melancólica o fim da gestão de João Bosco

23/11/2016 - 15h00
Pensando com Coragem novo texto

Olá amigo, aqui estamos nós para tentar mais uma vez escrevinhar alguma coisa. Se você vai entender, é outra história!  Uma coisa é o que eu escrevo e outra o que você entende. E nem sempre eu quero que entenda o que escrevi, às vezes é melhor você entender o que acha que eu escrevi.

Desde o último dia 17 de novembro, que Eujácio Samuel Dantas de Oliveira não é mais secretário de saúde do município de Teixeira de Freitas. Vários os motivos podem ser usados para elencar a saída de Eujácio; era o único nome que contava com certa aprovação popular, entre todos da administração, incluindo nisso até o prefeito João Bosco. Este talvez seja o ente mais rejeitado de toda administração.

Não estou rasgando seda pra Eujácio, até porque o mesmo não precisa, pois é muito competente no que faz. O qual era até cotado para ser candidato no lugar de João Bosco. Este não deixou por vaidade pessoal e acordos políticos escusos.

Fato é que Eujácio por ter certa empatia popular, começou a ser prejudicado dentro da administração, sobretudo depois da derrota acachapante no último dia 2 de outubro.

E acabou enfrentando grande oposição dentro do governo, que não queria ver o nome de Eujácio crescer.

Uma das formas de minar Eujácio era diminuir o repasse que o município teria que fazer. Isso foi orquestrado pela secretaria de finanças, é claro que com a anuência do alcaide municipal. Para se ter uma ideia simples do que foi feito: em 2014 o município fez um repasse de 40 milhões de reais à saúde, em 2015 foi feito um repasse de 25 milhões, já em 2016, até o inicio do mês de novembro, apenas 16 milhões havia sido repassado. O que mostra um decréscimo no repasse, enquanto a arrecadação aumentava.

O município é por lei, obrigado, a repassar 15% de tudo que arrecada pra saúde, se por lei é 15%, e a receita aumenta, qual é a mágica pra diminuir o repasse?

Com isso alguns serviços da saúde foram ficando precário; pois se a receita diminui é preciso cortar despesas. E alguns profissionais tiveram que ser demitidos, outros serviços tiveram que ser suspensos.

Com isso, Eujácio foi usando o jogo de cintura que lhe é peculiar para administrar a situação.

O ex-secretário chegou a pensar na possibilidade de entregar a secretaria antes da eleição, só não fez isso em razão de que aumentaria o desgaste da gestão João Bosco. Isto não seria bom para o prefeito naquele momento. Pensando na sua amizade com o prefeito e acreditando na possibilidade de reeleição, o mesmo decidiu continuar.

Mas chegou ao ponto que sua permanência ficou insustentável; além do desgaste psicológico proporcionado pelo cargo, tinha o desgaste político dentro do próprio grupo.

Pois quem é PT, não precisam de adversários, os adversários são os próprios partidários, os quais parecem uma casta de demônios disputando o império do inferno. É um querendo derrubar o outro.

Com isso, ele decidiu voltar para iniciativa privada, onde além de não precisar sofrer desgaste, teria mais tempo para família, os amigos e até mesmo a igreja, já que é religioso.

Eujácio deixou claro que não pretende disputar cargos políticos, não quer seguir na vida pública. Pode até voltar um dia, mas pelo menos não para disputar eleição. No entanto, ele  é um dos poucos nomes do PT local, que teria condições de disputar uma eleição.

A saída do ex-secretário deixa o governo João Bosco ainda mais fragilizado, pois  apesar de ser o “Calcanhar de Aquiles” de qualquer gestão, o esforço de dele, evitava criticas a saúde, pois todos viam seu esforço em tentar amenizar o sofrimento do povo.

Se a gestão João Bosco já estava com um fim melancólico, agora a melancolia aumentou com a troca do secretário de saúde.

Como diria o ditado:

Fim de governo é assim mesmo, há departamentos que as portas batem sozinhas”.


Jotta Mendes é radialista e repórter


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