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Vídeo: tio do bebê morto com suspeita de H1N1 critica o atendimento da UMMI e a saúde pública

15/04/2016 - 11h18

Ailvon Lopes

O tio do garoto de 8 meses que faleceu na UMMI na quarta-feira (13), por volta das 14h, na UTI da unidade, com suspeita de H1N1, Ailvon Lopes, fez um vídeo nesta quinta-feira (14), do Hospital  Municipal de Teixeira de Freitas, onde está internado, com uma sobrinha, ambos com os mesmos sintomas que levaram o bebê à óbito.

Os sintomas são os mesmos da gripe suína e o sangue dele e da garota foram coletados e enviados para Salvador para realização de exames que vão confirmar ou não o vírus.

No vídeo, ele conta que a criança deu entrada na UMMI na segunda, sendo atendida pela pediatra Jane, “a qual o diagnosticou com simplesmente virose, não seguiu nenhum procedimento e o mandou de volta para casa”.

Mas, na quarta, às 8h da manhã, entretanto, os pais perceberam que o bebê estava com os lábios arroxeados e o levaram de volta ao hospital infantil, onde foi posto na UTI e entubado, falecendo à tarde, conforme relatos de Ailvon.

Ailvon conta ainda que resolveu as questões de praxe para o funeral e foi buscar os avós do menino, a 60km de Teixeira, quando ele próprio já estaria sentindo-se mal, coriza, dor de cabeça, no corpo, ardor nos olhos, tosse seca. Tendo os sintomas se agravado ao ponto de não conseguir permanecer no velório e ter procurado um hospital particular, por ter plano de saúde, segundo ele, mas, o médico plantonista o mandou ir para o Regional, que o caso dele não poderia ser ali resolvido.

Ele mostra o local em que está com a sobrinha, o qual chama de “depósito”, uma área de isolamento, possivelmente, improvisada pela direção do hospital, para os casos de suspeitas da gripe suína.

Ainda sobre o garoto, emocionado, ele desabafa:

A H1N1 ainda é suspeita, mas o meu sobrinho faleceu. A doutora Jane, a médica Jane, apenas disse que meu sobrinho tinha virose. Ela não parou para fazer exames, ela apenas deu diagnóstico, e o diagnostico dela foi de morte”.

Ailvon critica a saúde publica do país e  também a precariedade dos planos de saúde e diz que espera que o vídeo ajude a saúde do Brasil a melhorar.

A um jornal da cidade, a médica Lívia Neves Ferreira, coordenadora da UMMI, relatou que não é o primeiro caso suspeito e disse que até o momento nenhuma grávida ou criança lá deu entrada com a doença. A coordenadora rebate a fala do tio do garoto ao dizer que ele fora atendido pela pediatra Andréa Bretz e que havendo a suspeita de gripe com sintomas avançados a criança foi encaminhada ao isolamento, bem como teriam sido tomados todos os cuidados de triagem.

Além do mais, o menino teria, segundo a matéria deste jornal, dado entrada na UMMI com estado avançado de dores no corpo e, por isso, não resistido e falecido.

O teor da entrevista da coordenadora destoa não apenas da declaração de Ailvon Lopes, mas também das denúncias que recebemos sobre o caso.

Onde pessoas relatam que cinco profissionais que tiveram acesso ao garoto estão em pânico porque não teriam tomado as medidas cautelares em casos de H1N1 e que a Unidade não disporia de equipamentos de segurança, como as máscaras respiratórias, em quantidade suficiente para os funcionários, além de ainda haveria gente não imunizada lá trabalhando.

A matéria com a fala de Lívia ainda diz que a mesma afirma que todos os familiares do menino e a equipe médica foram imunizados.


Pauta Diária



Entendo o caso:


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