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Gilberto Arueira: Justiça marca data do julgamento de PMs acusados de matar empresário

15/01/2019 - 16h28

No último dia 7 de dezembro de 2018, foi proferido pela Comarca de Teixeira de Freitas, na 1ª Vara de Execuções Penais e Júri o despacho da juíza de Direito, Adriana Tavares Lira, marcando o julgamento sob acusação de homicídio qualificado de 3 policiais militares acusados de terem assassinado a tiros, no último dia 24 de setembro de 2010, o empresário, Gilberto Arueira Azevedo, na época com 40 anos de idade.

No despacho, a juíza designa sessão de julgamento pelo Egrégio Tribunal do Júri para o próximo dia 28 de fevereiro de 2019, às 08h30.

ENTENDA O CASO

No último dia 24 de setembro de 2010, o empresário, Gilberto Arueira Azevedo, teria sido assassinado no interior da Loja Celular & Cia, em Teixeira de Freitas, por 3 policiais militares da Companhia de Ações Especializadas Mata Atlântica (Caema), sendo eles: Aurélio Sampaio Costa, Santo Andrade Moreira e Wanderson Ferreira da Silva, acusados de cometerem o crime, após confundirem o empresário com um assaltante que havia roubado momentos antes, outra loja de venda de aparelho celular na cidade.

Um dos policiais acusados do crime, estava no interior da loja onde ocorreu o assalto, e teria sido rendido e agredido pelo assaltante, logo após, teria sido trancado de joelhos no banheiro do estabelecimento.

Os resultados dos exames periciais da Polícia Técnica, apontaram que Gilberto Arueira, foi atingido com 6 tiros pelas costas, quando estava deitado no chão da loja, sendo que 2 projéteis transfixaram e os outros 4 foram extraídos do seu corpo, e com a conclusão que a vítima foi morta por execução sumária quando ainda deitado no piso, com 3 disparos de pistola .40 nas costas, 2 tiros no antebraço direito e 1 tiro na axila direita.

Um mecânico de 23 anos, que também se encontrava rendido pelos policiais, deitado ao chão, ao lado da vítima foi atingido por 1 disparo na mão.

Gilberto teria sido confundido com o assaltante e homicida, Raimundo de Abreu Alves, o Thor, 29 anos, que foi preso pela equipe do delegado coordenador a época, Dr. Marcus Vinicius, alguns dias depois; sendo que seu parceiro, identificado como sendo, Rosivaldo Prates, o Russo ou Galego, 24 anos, morreu em uma troca de tiros com policiais civis, logo após terem assaltado um casa lotérica em Teixeira de Freitas.

No dia 25 de janeiro de 2016, o juiz de Direito, Humberto José Marçal, decretou a prisão dos 3 acusados, sendo que no dia 11 de março de 2016, a prisão foi relaxada através de uma liminar concedida em sede de habeas corpus.

Na ocasião da morte do empresário, uma arma de fogo foi encontrada ao lado de seu corpo, simulando como se o mesmo estivesse armado e reagido à ação dos PMs.

O revólver preto, cabo branco, calibre .32, marca Taurus, com 6 cartuchos no tambor, 5 intactos e 1 deflagrado, foi examinado pela Polícia Técnica e os exames periciais constataram que a arma não possuía indícios de pólvora de disparo recentemente. Já os exames de pólvora combusta nas mãos de Gilberto, também deram negativo, estando comprovado que a vítima não teria feito uso de arma de fogo no mínimo nas últimas 72 horas antes da sua morte.


Por Viviane Moreira\Verdades Políticas

Edição Bell Kojima/Repórter Coragem

Entenda o caso:


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