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Dívida motivou assassinato de prefeito, segundo investigações

01/08/2014 - 14h22
rielson

Dívida. Esta é a principal linha de investigação para o assassinato do prefeito de Itagimirim (602 km de Salvador), Rielson Santos Lima (PMDB), 51, morto terça-feira, 29 de julho, à noite, quando conversava com um familiar em um bar no centro da cidade do sul do Estado. Ele foi operado no Hospital Regional de Eunápolis, mas, morreu no centro cirúrgico.

Apurou-se que ele devia a algumas pessoas, entre elas ciganos. Crime político está descartado, inicialmente, diz a delegada Valéria Fonseca, à frente da 23ª Coordenadoria de Polícia do Interior (23ª Coorpin – Eunápolis).

Segundo ela, já há alguns suspeitos. Rielson estava no bar, por volta das 19h, quando dois homens chegaram em uma moto. O carona atirou. Atingido, Rielson tentou fugir.

SocorroMorre o prefeito Rielson Lima momento que era socorrido

Ele correu e se escondeu em uma casa, os assassinos fugiram e ele pediu ajuda a um PM à paisana, que o levou ao hospital municipal, informou um policial da cidade.

O prefeito foi levado para Eunápolis em uma ambulância escoltada, mas, morreu quatro horas após o atentado. O corpo foi velado na Igreja Matriz de Itagimirim e o enterro ocorreu no final da tarde desta quarta, 30, no cemitério municipal.

Segundo moradores e políticos, Rielson teria adotado medidas “duras” para ajustar as contas: extinguiu cargos comissionados, mudou a estrutura das secretarias de Administração e Finanças, além de cortar salários, começando pelo dele e do vice-prefeito.

O chefe de gabinete, Alberto Alves, confirmou, mas, disse não crer que o crime tenha relação com política, pois Rielson não se envolvia em confrontos: “Era trabalhador e humilde. Deve ter sido algo pessoal”.

Conforme Alves, Rielson rompeu recentemente com o vice-prefeito, Rogério Andrade (PP). O presidente da Câmara, Francino Andrade Jr. (PP), irmão do vice-prefeito, disse que Rogério não sabe se assumirá a prefeitura.

Ele está afastado para se dedicar à pecuária: “Ele se desgostou. Não houve briga com o prefeito. Meu irmão passou mal ao saber do crime e foi internado em Eunápolis”.

Ele disse que, caso o irmão não assuma a prefeitura, ele também não o fará. “”Vou conversar com meu irmão e decidir. Se não assumirmos, o cargo passa para a vice-presidência da Câmara. Estamos todos abalados com a morte prematura do prefeito”, afirmou.

Entretanto, em uma sessão solene realizada na manhã de quinta-feira (31/7), Rogério Andrade (PP) assumiu a prefeitura.

Fonte: Alean Rodrigues/ A tarde


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